23 de dezembro de 2011

Natal


Dizes que fui eu que te convenci a levar uma árvore de Natal lá para casa, mas desconfio que, bem no fundo de ti, a querias tanto quanto eu. Abrimos um precedente e acabámos por inaugurar assim mais uma “coisa nossa”. :)

Este ano o Natal será diferente e mais rico.
Mais rico em afectos, sobretudo.
Se há problemas e coisas menos boas? Certamente que há, não vale a pena ignorá-los.
No entanto, a balança tem dois pratos e importa colocar todos os factores que cabem num e no outro.  Podemos deixar que o prato negativo se afunde e nos leve com ele. Ou podemos ir buscar todas as coisas boas que temos e depositá-las no prato positivo, obrigando assim o prato negativo a subir.  Há que fazer um esforço por, pelo menos uma vez no ano, deixar que o protagonismo vá para as coisas boas e não para as coisas más. Ao menos uma vez no ano.
Feliz Natal!

20 de dezembro de 2011

No meu tempo...


Quando eu era pequena, os meus pais deixavam-me bem cedinho na escola. Por vezes mesmo antes das 8h da manhã. Os trabalhos não se coadunavam com atrasos e, como tal, lá me deixavam. 

Era quase sempre das primeiras crianças a chegar à escola. E estava lá sempre alguém para nos receber. Na escola primária, encontrávamos sempre à porta a Dona Virgínia ou a Dona Rosa. Nunca sequer as vimos sem a farda da escola. Estavam lá sempre sempre para nos receber. Nunca encontrei o portão da minha escola fechado. 

Mais tarde, no externato, os horários matutinos persistiram e, uma vez mais, nunca encontrei o portão fechado. À entrada, normalmente encontrava o Senhor Mantas, o porteiro, ou uma das "senhô’contínuas" do turno da manhã, a Doroteia ou a "Tia" Lurdes, quase sempre...

Não havia professores ou educadores a essas horas. As aulas não começavam antes das 8h30. No entanto, havia pessoas para nos receber e as portas estavam sempre abertas para os alunos.  

Ainda que seja a primeira a defender que a escola não é um repositório de crianças, entendo que deve ser um espaço sempre de portas abertas para as receber. De Inverno ou de Verão. Com um horário que seja minimamente coerente e que se coadune com os horários de trabalho de boa parte dos encarregados de educação.

Esta manhã fui deixar o meu sobrinho de 5 anos à escola. Com a minha cunhada na maternidade com a pequenina e o meu irmão a sair cedo, demasiado cedo, para trabalhar, a tarefa ficou a meu cargo hoje. Oportunidade perfeita, também, para cumprir o prometido e ir ver a árvore de Natal em material reciclado feita pelos meninos. 

Cheguei às 8h20 e toquei à campainha, que é o procedimento normal, segundo ele. Vem à entrada uma auxiliar que eu bem conheço.

- Lamento, mas só abrimos às 8h30. Vai ter de esperar. Não temos autorização para receber crianças antes dessa hora.

E voltou para dentro.

Fiquei ali à porta com o miúdo, sem saber muito bem o que pensar ou dizer. Estavam 7 graus na rua. 

Esta auxiliar, também ela mãe (o que ainda me chocou mais), recusou-se a abrir o portão da escola 10 minutos mais cedo do que o estipulado para o meu sobrinho entrar. Nem sequer lhe pedi para o deixar lá porque tencionava ficar com ele. Mas ela nem o portão abriu. Falou connosco através das grades. Porque os horários são para cumprir, alegadamente. Nada contra. Mas não estamos a falar de uma fábrica ou de uma empresa que trata com objectos e números. Estamos a falar de uma escola. Estamos a falar de seres humanos. Estamos a falar de um espaço em que a primazia vai necessariamente para o bem-estar das crianças que o frequentam...

Não, não compreendo nem aceito! 

Se as senhoras funcionárias entendem que não podem trabalhar mais dez minutos do que o estipulado e que não podem abrir excepções, então talvez devessem trabalhar numa fábrica em vez de serem "auxiliares de acção educativa"...


18 de dezembro de 2011

Cor de Rosa

E enfim chegou! 
Do alto dos seus cerca de 3,700 kgs, parece vir com vontade de afirmar que quer ser maior!
E é! Pequenina mas grande, maior, nos nossos corações! E grande para aninhar todo o carinho que temos à sua espera! 
Sê bem-vinda piolhita! 
Finalmente, cor de Rosa para a tua tia! :) 

16 de dezembro de 2011

E seria bem capaz de me apaixonar...

O Porto tem realmente qualquer coisa....


12 de dezembro de 2011

Ser especial ou (esperançosamente) ingénuo


Há momentos e pessoas na vida que nos fazem acreditar que tivemos direito a um lugar especial na escala dos estatutos e dos tratamentos. Pessoas que nos sentam do seu lado direito e permitem que assistamos com vista privilegiada à forma de tratamento que merecem os demais, os comuns. E nós, não comuns, mas sim especiais, vamos achando que aquele lugar é cativo e eventualmente retribuimos a concessão com um lugar igual ao nosso lado.

No entanto, por vezes acabamos por perceber que esse lugar que nos foi concedido não tem nada de cativo ou permanente. É tão efémero quanto a vontade de quem o concede. E, aos poucos, constatamos que não somos diferentes coisíssima nenhuma, passamos de especiais a comuns e começamos a receber exactamente o mesmo tratamento que antes apenas observávamos…  


Na verdade, são muito poucas as pessoas que realmente consideram que merecemos ser especiais. E muitas vezes essas pessoas cingem-se apenas e só ao círculo familiar directo, incluindo por vezes alguns amigos genuínos...


Sou ingénua, sei que sim. Prefiro salientar o melhor que há nas pessoas, prefiro acreditar em coincidências e acasos, mas do que intenções... E gostaria de manter-me assim...

23 de novembro de 2011

Detesto...

... pessoas
que ocupam duas vias
na auto-estrada!!!


É uma para cada um, tá?!!!

18 de novembro de 2011

Três anos!

Fez ontem três anos que entrei para esta empresa.
De um total de pouco mais de quatro anos de vida profissional.
E o balanço é muito positivo.
Learning-by-doing é provavelmente expressão mais do que aplicável ao meu percurso profissional enquanto tradutora. E nesta casa é isso que tem acontecido, paralelamente à ajuda dos "veteranos", que têm partilhado com paciência e empenho o saber que já têm.

Ouvi no outro dia, em tom retórico, alguém exclamar "Mas ninguém gosta do emprego que tem?!" a meio duma conversa em que todos se queixavam de coisinhas dos respectivos empregos.

Eu gosto do meu emprego! Gosto muito até!
O facto de me queixar (mas quem é que não se queixa?!) de algumas coisas não permite concluir esteja insatisfeita ou infeliz com ele. São simplesmente os dois lados da moeda. Os empregos, como as pessoas, não são perfeitos. Importa sim (nos empregos e nas pessoas) perceber e identificar problemas e procurar resolvê-los!

17 de novembro de 2011

A educação musical de Anna XXIII


Perdoa-me por tomar uma lembrança tua para mim mas...
afinal, acabou por se tornar também uma lembrança minha
no momento em que, 
de mãos dadas, ainda à mesa, 
mas observando o crepitar da lareira, 
me contaste como ela se tornou uma lembrança tua...

E não sei se é a lembrança da lembrança, 
o aconchego do calor emanado pelo fogo, 
ou a doçura do teu olhar... 
mas a verdade é que não me sai da cabeça...

15 de novembro de 2011

Fazer piscinas, queimar etapas

Vou-me detendo por aqui, com o meu chá, enquanto "fazes a última piscina" de hoje...
Penso no esforço e na logística envolvida em tudo isto.
Perguntas-me se não quero.
Respondo-te com outra pergunta.
Isso lá é pergunta que se faça?
É evidente que quero.
Cada momento. Cada olhar. Cada passo. Cada gargalhada. Cada suspiro.
A distância não é assim tanta, afinal de contas.
No entanto, se a medíssemos à proporção da vontade de estarmos juntos, ela transformar-se-ia em algo bem diferente.
A (única) distância adequada seria equivalente ao estender da mão.
E entretanto vamos fazendo piscinas (tu mais do que eu) para estreitar esse espaço entre as nossas mãos.
É apenas uma etapa, que se quererá tão breve quanto possível, mas que não deixa de ser inevitável...
Apenas a primeira de muitas.

Obrigada por todos estes instantes, 
que dificilmente caberão
 nas balizas com que o 
Tempo os vai medindo.
Amo-te!  
  

5 de novembro de 2011

Tenho um Jamie Oliver só para mim!



Já tínhamos falado no assunto, nunca nenhum dos dois havia experimentado cozinhar risotto...
E ele abriu as hostilidades ontem, com este risotto de cogumelos.
Estava óptimo! Ninguém diria que foi uma primeira vez!

21 de outubro de 2011

Eu, ele e bagagem para 5 dias...


Enquanto ele vai tratando da reserva dos voos para a próxima semana...

Ele: Teremos de ser compactos na bagagem... mt compactos...
Eu: Quão compactos?
Ele: 1 mala de cabine...


E diz-se isto assim a uma mulher?!!
Ele é, definitivamente, um optimista...e eu terei de operar um fabuloso milagre!

20 de outubro de 2011

Follow-up


Follow-up
An article or a report
giving further information on a previously reported item.


A meu ver, existem situações em que, mais do que regras de um método de trabalho, valem as regras do bom senso e da educação... No caso de não estarem ambas entrelaçadas, como deveriam estar, como é evidente...


Desde segunda-feira que uma empresa de marketing telefónico me anda a ligar sucessivamente. Daquelas que vai buscar os nossos dados a bases de dados de outras empresas.

Atendi à sua segunda tentativa, a meio da tarde de segunda, disse que não me convinha falar àquela hora e pedi que me ligassem após as 18h. Nesse dia não voltaram a ligar.

Na terça ligaram-me pelas 11h. Mais uma vez no meu horário de expediente. Não atendi. Voltaram a ligar pelas 16h. Idem. Não atendi novamente.

Na quarta, ontem, ligaram pelo meio-dia. Atendi, sublinhei que tinha solicitado que me ligassem apenas após as 18h e pedi expressamente que apontassem essa informação no registo dos meus dados.

"Sim senhora, é o que faremos. Ligaremos por essa hora."

Não voltaram a ligar ontem.

Esta manhã, por volta das 11h toca novamente o telefone. E ficou a tocar até chegar o voice-mail. E assim há-de continuar a acontecer, a não ser que me liguem no horário que solicitei.



Trabalhei durante um ano e meio num instituto em que havia necessidade de fazer algumas tarefas tipo call-center. Para o fazer, tinhamos o chamado follow-up em que registávamos todas as informações pernitentes a respeito de cada uma das pessoas.

Antes de pegar no telefone para ligar a uma pessoa, era prática comum abrir o respectivo follow-up e verificar rapidamente as informações... Ora, se nesse follow-up houvesse uma nota a dizer "Não ligar antes das 18h!", não passaria na cabeça de ninguém naquela casa ligar às 11h da manhã para a pessoa em questão! Bom senso, competência, respeito? Acho que é tudo isso... além de profissionalismo...


Eu não tenho problema algum em ouvir o paleio inerente a este tipo de chamada. Atendo, oiço e tomo uma decisão no final. De certa forma, já estive do outro lado da barricada e sei como é desagradável receber respostas ríspidas ou recusas terminantes em ouvir o que há para ser dito. Seja como for, o mínimo que espero é que respeitem e tenham atenção àquilo que digo. Caso contrário, se não me ouvem, então também não vejo qualquer motivo para ouvir...




7 de outubro de 2011

Meia-noite (necessariamente) em Paris


Gosto quando as coisas acontecem assim: seguimos distraidamente para um destino que se espera interessante mas sem demasiada excitação de expectativa e acabamos por encontrar algo muito melhor.

Pôr de lado o trabalho por um serão, aproveitar a véspera de feriado para estar com ele, vontade de regressar a uma sala de cinema, decisão de seguir a sugestão de uma amiga e voltar a dar atenção ao Woody Allen (constato surpreendida que o último que vi foi o Match Point...).

E o destino é Paris numa sala de cinema bem pertinho do mar.

Midnight in Paris é um postal (romântico), a cores e com som*, da Cidade das Luzes. Daqueles que dissipa qualquer tipo de hesitação (se alguma vez a houve) e nos faz declarar decididamente: tenho mesmo de lá ir!

Midnight in Paris é também uma viagem ao passado. Está longe de ser uma estratégia narrativa inédita mas não deixa, por isso, de perder a capacidade de nos surpreender. Meia-noite é hora para a magia acontecer e transformar uma comédia romantica em algo mais. É hora de viajar até ao seio da geração perdida que se reuniu em Paris em torno de Gertrude Stein no início do século passado. É hora de revisitar, numa visita guiada em versão digest, nomes e hábitos que marcaram os movimentos artísticos dessa época.

Sou suspeita, declaradamente suspeita, ou não tivesse eu passado o mês de Setembro a traduzir uma monografia sobre um dos nomes mais sonantes dessa mesma geração perdida. Não tivesse eu lido sobre quase todos os nomes que entretanto apareceram na tela, diante de mim, agora com um rosto. O efeito de reconhecimento é inevitável e fez-me valer o embaraço de apontar entusiasmada para a tela, como quem aponta para o céu quando é surpreendida por um estrela cadente, para identificar alguém que reconhece como se se tratasse de algum velho amigo.
 
Para além disto, Midnight in Paris é, sim, uma comédia romântica simples, com um final feliz uns quantos clichés à mistura. E então? Eu, romântica declarada e inveterada, me confesso. O resto não precisa de ser dito



*Que banda sonora mais adorável!!

30 de setembro de 2011

Just wandering...


Se as crianças vierem
com a capacidade de argumentação do pai,
estou absolutamente tramada...


Aliar argumentos válidos
a um olhar e um tom absolutamente irresistíveis
é coisa para desarmar todas as barreiras de inflexibilidade...

20 de setembro de 2011

Anna e o Acordo

Se é verdade que a nova grafia de algumas palavras nem me incomoda muito, há outras então que me  dão cá umas comichões!!


Veja-se:
conceção 
Olha que bonito! 
E que raio quer isto dizer?!
A mim não me parece mais do que a palavra "concessão" escrita com um erro ortográfico!


É tóxico ver-me obrigada a deixar coisas assim em textos redigidos por mim...



15 de setembro de 2011

Constatação do dia



Cai-cai push-up é um contrassenso em absoluto!
E não apenas literalmente! 

É como querer agradar a Gregos e Troianos...
Humpfff....

14 de setembro de 2011

A educação musical de Anna XXII


Há um mês atrás nem sequer conhecia esta música*...  
E entretanto alguém que me disse que me identificaria com ela um dia... 
Não sei por que artes ou mistérios, não sei como alguém haveria de o adivinhar, mas a verdade é que, a cada instante, me revejo mais e mais nela.

Poderá não ter sido escrita para nós, mas, seguramente, fará parte da nossa banda sonora...



* Na qual só mais tarde percebi
a clara alusão ao
que, por motivos que não vêm ao caso,
não me tem saído da cabeça nem de cima da secretária...

A ti, meu amor!

24 de agosto de 2011

?



Ena!
A aplicação da meteorologia aqui do meu desktop é generosa na indicação da temperatura...
Se calhar é melhor ir pela sombra quando sair daqui...



22 de agosto de 2011

Pedir chuva

«Estás a pedir chuva!»
Bem que nos avisam e bem que insistimos teimosamente.

Cuidado com os teus desejos. Eventualmente acabam por ser-te concedidos. Em doses pouco saudáveis e difíceis de gerir, algumas vezes.

O sabor de uma chuva fresca numa noite de Verão pode ser refrescante, revigorante. O efeito imediato é extraordinário. Queremos mais. Dizemos que sim, que é mesmo daquilo que precisamos. Deixamo-nos ficar até que a roupa se nos cole à pele. Dançamos com ela noite dentro, até porque , afinal, pedimos a sua companhia e agora que a temos queremos tirar todo o partido dela.

Já pedi chuva algumas vezes, achei que recebê-la era uma bênção … e acabei por apanhar sempre daquelas gripes que se arrastam por semanas e mesmo meses....

Erro.

O truque não está em pedir chuva, chamar por ela. Como qualquer fenómeno da Natureza, é livre, não é suposto ser controlada ou controlável. Ela há-de chegar quando entender. E recebê-la assim, que vem ao nosso encontro pelo próprio pé, é tão melhor e tão mais natural! E, como ela, também nós somos livres de ir ao seu encontro ou de então optar por nos protegermos e limitar-nos a admirar à distância os seus passos de dança...

Assim sendo, caro Mayer Hawthorne,
deixo-te com os teus pedidos.
Quanto a mim,
quero antes receber a chuva de braços abertos
quando ela quiser vir ao meu encontro. :)

19 de agosto de 2011

Detesto...

... que o meu subconsciente se arme em Velho do Restelo!

Se é para boicotar a minha noite de descanso, então que venham daqueles pesadelos em que se grita e esperneia e na manhã seguinte simplesmente desapareceram...
Dispensam-se as metáforas que ficam a ecoar na nossa cabeça ao amanhecer...

11 de agosto de 2011

Lost in translation* III

*ou:
Coisas parvas
da imaginação de uma tradutora...

«Schnecke läuft»

=





Schnecke (n.) = parafuso sem-fim ou caracol
laufen (v.) = funcionar ou correr

A educação musical de Anna XXI

E é assim,
quando uma música que ouvimos em algum lugar* 
se nos cola ao ouvido e já não sai de lá o resto do dia... 



8 de agosto de 2011

Breves pós SW

Décibeis perdidos já em fase de razoável recuperação*!
Suficientes para me fazer entender pela maioria.
A excepção é a avó (surda). Eu bem digo que não tenho voz, mas ela continua a responder:
- Fala mais alto, filha! A avó não te percebe!
Humpfff...




*Sobretudo desde esta manhã,
em que resolvi ler
o folheto dos comprimidos que a minha mãe me arranjou
e percebi que estava a ingerir
o que afinal são drageias para chupar...
Porque é que a minha mãe não explica as coisas decentemente?!!

3 de agosto de 2011

A caminho!

Faltam 4 meses para a chegada do novo elemento da família!
O Coelhinho diz que quer uma mana e que se chame Rosita...

Desejo satisfeito! J

Fico duplamente feliz por ser uma menina!
Se assim não fosse ainda ia acabar por ter um sobrinho chamado Ruca...


1 de agosto de 2011


E é com estas cores que terminam duas semanas de férias... 
...o que não pode ser mau de todo, diria...

31 de julho de 2011

Se Anna não vai a Berlim...


Trazidos por um uma amiga que está finalmente de regresso e que chegou determinada a alimentar o meu pequeno vício pelos Ampelmännchen, assim como a espicaçar a minha vontade de conhecer Berlim...

25 de julho de 2011

4'45''

O volume aumentou e, por momentos, já não havia mais nada. 
Desvaneceram-se as luzes do trânsito e tornaram-se meros espectros de luz em pano de fundo. Desapareceram os relógios. 
Esqueceram-se as amarguras e as preocupações. 
Abafaram-se as vozes da consciência. 
Por minutos fomos apenas e só nós. 
Sem passado nem futuro.
Apenas nós e este intenso grito de sentimento que nos abraçou e não quis largar.
Por minutos apenas.
Minutos que congelaram no tempo. 



21 de Julho de  2011

~~~~


Há músicas que ouvimos vezes sem conta, das quais gostamos quase que inconscientemente, seguindo o vogar da maré, concordando com unanimidade sobre a sua qualidade...

E depois há uma ou outra que, num momento inesperado, assumem toda uma nova força na nossa vida e, de repente, se tornam absolutamente marcantes. Como se, de súbito, se tornassem parte de nós. Como se adquirissem o poder de nos obrigar a parar e suster a respiração. Como se quisessem congelar em si a memória de qualquer coisa extraordinária... 

Toda a gente reconhece a força e a intensidade das músicas da Adele. Eu também.
Esta, no entanto, passou para o grupo restrito daquelas especiais que bem poderiam integrar a minha banda sonora...  


19 de julho de 2011

O mistério do pastel de feijão



Nada como pôr as mãos na massa - literalmente! - para esclarecer o mistério!

Inexplicavelmente, mesmo não suportando feijão, sempre fui viciada em pastéis de feijão!

Uma réstia de tempo livre e um telefonema à tia (a das mãos de ouro para fazer doces) para me dar a receita foi quanto bastou! Pesados e preparados os ingredientes e, de repente, tudo faz sentido!

Aquilo não é de feijão, mas sim de amêndoa! Doce de ovos com amêndoa! No conjunto, o feijão mal chega a ser perceptível! Está lá como a pedra da sopa! Quase só para fazer jus ao nome! Pelo menos na minha* receita!




* que já a adoptei para mim, tia!

13 de julho de 2011

O maravilhoso mundo dos SMS VII


Gostei imenso da tua camisola, lol


Ora, é bem verdade que o pavio aqui da menina anda demasiado curto... mas realmente confesso que não percebo que raio de abordagem é esta??! É que se era suposto ser simpática.... bom….

Dissecando:

- A pessoa em causa está no mesmo espaço público que eu. Vê-me mas não se dá ao trabalho sequer de me cumprimentar de longe e 2 minutos depois de eu abandonar o espaço pega no telefone e envia-me isto. Que é lá isso de cumprimentar uma pessoa cara a cara?!!! Muito melhor assim!

- Nem um olá nem um está tudo bem?... Só isto. Assim de chofre. Que esta coisa dos SMS tem limitação de caracteres, não se pode abusar!

- A minha camisola?!! Lá está o meu pavio curto! Mas o que é que o raio da camisola tem?!

- E finalmente a pérola: LOL
LOL ?!!!
Mas a frase tem alguma piada para se lhe seguir um LOL?!
Será que a camisola era tão estranha que merecia um jocoso LOL?
Será que era toda a situação era digna de umas valentes gargalhadas?
Fico intrigada! 
Será que andei este tempo todo a interpretar mal o famigerado LOL e que ele tem uma acepção oculta que a minha percepção não alcança?

Ah, não, espera! 
Afinal, diz que não estou enganada! 
Diz que é mesmo um acrónimo que se refere a gargalhadas...



Cara Polo Norte, começo a partilhar da tua 
embirrância para com o LOL, seja ele falado ou escrito…

12 de julho de 2011

We're only human

Era tão bom que
essa justificação fosse suficiente
para alguns dos erros que cometemos...
É que são tantas as vezes em que não há outra senão essa...
...e nós temos necessariamente de criar
uma que seja plausível e aceitável...

10 de julho de 2011

Regra n.º 1 para uma boa relação com o GPS

Se ele te está a dar indicações num local onde nunca estiveste na vida, 
não o contraries.
Ele é bem capaz de perceber mais do assunto do que tu!


Aparentemente, a Ameixoeira não é bem o local ideal para te perderes e andares às turras com as indicações do GPS...

À regra n.º1 poder-se-ia ainda fazer uma adenda do tipo:

Se o GPS não consegue localizar a rua de destino, não inventes!
Lembra-te que não conheces a zona! 
Pede uma morada alternativa à dona da casa, 
certifica-te de que o coisinho a reconhece e... 
actualiza o firmware a.s.a.p.!!



4 de julho de 2011

Ler: ponto de situação



Correndo o risco de ferir susceptibilidades critico-literárias com a minha reacção a este livro, tenho mesmo de declarar que o bendito me tem dado um sono descomunal!

É que até tinha grandes expectativas quanto ao livro e afinal de contas ando a "mastigá-lo" há mais de um mês...

Raros são os dias em que consigo ler mais de um parágrafo sem adormecer ou, quando muito, ficar meio alienada...


2 de julho de 2011

Enfrentar a crise do país

Não faço ideia se isto vai correr bem ou não, mas admito que gosto da atitude assumida por Pedro Passos Coelho. Assim de repente, não sei se não terá se não terá sido eleito mais pelo descrédito do(s) adversário(s) do que efectivamente pela crença depositada no próprio. Mas foi eleito e assumiu o governo de um país em situação altamente complicada. 

Esta semana, o anúncio da medida do programa que visa o corte de 50% dos subsídios de Natal foi assunto que deu e muito que falar. Há quem reclame, há quem proteste, há quem entenda, há quem critique. Colocando de parte o amargo de boca que isso vai deixar na grande maioria de nós, contribuintes, a verdade é que gosto da atitude do novo Primeiro-Ministro. A situação é grave, não é? Não há como contorná-la por outras vias. Então para quê adiar?! Vamos lá inspirar profundamente e mergulhar nisto o quanto antes e fazer o que tem de ser!

Antes este 'mergulhador intrépido' do que o anterior 'adolescente com problemas de auto-estima' que reconhecia (?) o problema, anunciava medidas correctivas, mas concretizar concretizar é que nem por isso, não fossem os portugueses ficar chateados e dizer que já não gostavam dele... 



1 de julho de 2011

Occupational hazard

ou
coisas parvas que te vão ocorrendo enquanto estás a trabalhar e a concentração não abunda...



Haverá advertência mais idiota a figurar num manual de instruções do que "Aterre-se (...)" (que é como quem diz "certifique-se de que está ligado à terra", o que é... igualmente parvo, eu sei...)?!

Pois que não há! 
Até o Google acha isso mesmo e me pergunta se não queria antes dizer "Enterre-se" ainda antes de me confirmar que, sim senhora, "Aterre-se" é coisa que se diz e lê!

Seja como for, logo a seguir também sugere toda uma lista de sites (só deixei ficar a primeira ocorrência) sobre massagens, interiorizações e afins em que, lá está, "Aterre-se" parece ser sugestão benéfica e recomendável...


Às vezes dou por mim a pensar no esforço que envolve tentar fazer sentido do que estou a ler numa língua que não é, afinal, minha, sobre uma temática em que não sou de todo especialista, isto por contraste com a  proporção da quantidade de manuais de instruções que se traduzem e da quantidade daqueles que efectivamente serão lidos...  

... porque português que se preze primeiro experimenta e só depois vai tentar descobrir no manual o que é que correu mal. (Mea culpa, que não me excluo da categoria!)

Por outro lado, de cada vez que pego num desses manuais, como tradutora ou como consumidora, percebo porque é que toda a gente os subvaloriza: um sem-número de páginas para descrever (em modo dummies) como usar cada funcionalidade e botão, como ligar e desligar o dispositivo, como o segurar, como o limpar e guardar e tudo e tudo e... no fim de contas, é sempre possível espremer a informação ao seu essencial e, de 158 páginas de manual, nasce como que por magia a versão digest, guia abreviado que às vezes nem chega a ser mais do que um folheto e que se presume que seja suficiente...


28 de junho de 2011

O maravilhoso mundo dos SMS VI




Confirma-se! J
Vais ser "tia tia" e "tia emprestada"!





E pois que é verdade! 
Em Dezembro chega o novo bebé da família.
E em Janeiro segue-se outro, não da família, mas quase quase!

E eu estou tão contente! J

19 de junho de 2011

The Lisbon Players present Romeo & Juliet



É assim que Miguel Ferreira (Arte e Factos) descreve - e bem - o grupo de teatro Lisbon Players, com sede no Estrela Hall, aconchegado no seio da Estrela, de mãos dadas com o Jardim.

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Sou naturalmente suspeita! Nos seis anos em que a minha segunda casa foi a Faculdade de Letras, os Lisbon Players eram presença familiar e querida no meio. Pelos anúncios das peças, pelos nossos professores de inglês envolvidos, pelos colegas que entravam frequentemente nos elencos e que acrescentavam mais um grande argumento para nos levar ao teatro. Seja como for, ler o que Miguel Ferreira escreve no dito artigo é só mais uma confirmação que despista a parcialidade da minha opinião.


O Estrela Hall tem realmente qualquer coisa de muito peculiar! É a sensação de descobrir qualquer coisa mais ou menos oculta e, paradoxalmente, de entrar num espaço que nos convida a sentar e beber um copo de vinho, como em casa de um amigo. É um espaço em que, por vezes, os estrangeiros somos nós portugueses e, mesmo assim, nos sentimos genuinamente parte do espírito. 




E eles são bons! Os Lisbon Players! Até hoje, não me desiludiram! Não tenho visto todas as peças, mas sempre que posso estou lá. E depois do arrepiante e arrebatador Mary Stuart em Março, trouxeram até nós uma das mais acarinhadas obras de Shakespeare: Romeo & Juliet


Em palco, muita energia, muito movimento. Uma dinâmica que em vários momentos transborda (literalmente) para além do palco e que provoca no público sensações díspares. Uma interpretação interessante das duas famílias antagonistas: Montagues, mais liberais, pintados num tom mais ocidental, e Capulets, mais tradicionais, com cor, tom e som bollywoodescos. Um Romeo bem encarnado, cheio de sangue na guelra, adolescente louco e de paixões efervescentes. Uma Juliet talvez mais séria e adulta do que se esperaria, mas nem por isso menos disposta a viver, espernear e morrer pelo seu amor como bem se espera dela.



Tudo bem articulado, são ingredientes suficientes para fazer surtir opiniões positivas e classificar mais um serão no Estrela Hall como uma noite muito bem passada!


Para quem ainda não passou por lá e até gosta destas lides, eles vão estar em palco até dia 26 deste mês! É aproveitar. 
  



Fotos retiradas da página da peça no Facebook,
da autoria de Chase Valentin.

18 de junho de 2011

Pensamento do (fim do) dia

Shame para aqueles que,
na ânsia de dizer tudo,
dizem muito mais do que deviam.
Shame para aqueles que,
com medo de dizer demais,
acabam por dizer muito menos do que devia ser dito...

14 de junho de 2011

Conversa de café II

Sentadas na mesa do café se sempre, a J. folheia distraidamente o Correio da Manhã.
De repente, pára e assume um ar de cepticismo.


- Que foi?
- Repara nesta notícia "Cego espancava mulher em casa"!
- Sim, o que tem?
- Se ele era cego, então porque é que ela não fugia?!!

Ok ok, eu sei que é humor negro e com isto não se brinca, mas....

6 de junho de 2011

Sempre que...


... aterro na Portela, de regresso a casa, sinto-me um bocadinho maior e mais rica por dentro...

Ir, fugir, conhecer, crescer...

Barcelona não é cidade para conhecer só porque é moda. Barcelona é muito mais do que isso!
E eu percebi porquê!

31 de maio de 2011

29 de maio de 2011

Clara e a luz

Por entre os ramos da laranjeira - incrível como cresceu em tão pouco tempo! - projectam-se os raios de sol que se vão inclinando como a tarde e me chegam furtivamente às pálpebras. Deixei-me adormecer outra vez. Eu e ela. Um anjo de serenidade no meu regaço. Duas luzes que se cruzam em mim: a luz etérea do sol e a luz pura da pequena Clara adormecida ao meu colo.
Nestes dias quentes, é fácil adormecer assim, cá fora, na cadeira de baloiço, rodeada por estas cores quentes de Verão, a relva que não denuncia ainda a exaustão estival, as bolas coloridas espalhadas aqui e ali, empurradas pela brincadeira e pela correria dos pequenos e do Flake, o som das suas vozes, os seus gritinhos e as gargalhadas, a ecoar por todo o quintal.  
Olho para ti. Serena. É um segredo só nosso, mas a verdade é que és tu que me embalas a mim. Foi preciso que entrasses na minha vida para finalmente abrandar o passo, pôr de lado o ritmo desenfreado que se apoderou de mim como um vício e tirar enfim partido da felicidade que ainda hoje duvido merecer e da paz que entrou no nosso mundo de mãos dadas contigo.
Alguns dizem que se parece comigo. Nestas coisas, toda a gente tem opiniões e teorias, toda a gente vê traços diferentes. O olhar do papá, a expressão do avô, o tom de pele e o cabelo do mano, o nariz da mãe (espera-se que não!). Podem dizer o que quiserem. Como eles, também eu te vejo de uma maneira só minha. Olho à minha volta e depois de novo para ti. De ti emana a calma do teu pai. O mesmo olhar profundo e intenso. As linhas do rosto do mano, talvez... Pequenina, como nós todos. 
Mas e que importa? És única, igual a ti mesma e simultaneamente és um pouco de todos nós e é aí mesmo que reside toda a magia! Uma estrela que veio alterar por completo o movimento e o sentido da espiral dos nossos dias. Um ser pequenino e frágil que, sem o saber, chegou para criar uma revolução. Uma revolução inesperadamente sublime...
[Secret heart]


Para o desafio de Maio
com o tema Mãe

28 de maio de 2011

«Finalmente ser feliz»

Andei 20 anos enganada e chegou a altura de fazer tudo certo e finalmente ser feliz. Quero que estejas presente no dia do nosso casamento. Tu foste uma das testemunhas do nosso reencontro e a tua presença é absolutamente essencial.


Foi assim que ontem a I. me anunciou e convidou para o seu casamento.
E eu fiquei emocionada, tão emocionada que terminei a hora do almoço a limpar lagrimitas do canto do olho em pleno restaurante.

Quando conheci a I., ela tinha um casamento pacífico e tranquilo, mas nunca o definiu como feliz. Tudo bem, ninguém tem de apregoar a sua felicidade, há quem simplesmente não goste de extravasar sentimentos.

E tudo parecia estar bem até um dia...  O dia em que nos falou do reencontro com os amigos da adolescência... do reencontro com o J.... O dia em que nos mostrou fotos do dito grupo de amigos e eu pensei (pensámos todos) que fazia muito mais sentido vê-la ao lado do J. do que do marido...  
Depois de algumas semanas de uma angústia sentida mas não admitida e de fugas constantes, eis que surge a notícia: estou a divorciar-me.

A I. não contrariou o que o coração lhe dizia. Percebeu que não era feliz, que tinha um casamento sem sentimentos e que tinha reencontrado finalmente o “homem da sua vida”. Ambos viveram vidas separadas, experimentaram, foram felizes, tomaram decisões.... percorreram um caminho para enfim voltarem a cruzar-se e perceber que só estariam bem ao lado um do outro. A I. teve a coragem de falar claramente com o marido, pedir o divórcio, enfrentar os julgamentos e juízos da família para finalmente poder avançar...

E a I. diz-me agora que vai casar com o “homem da sua vida”

E no meio de tanto cepticismo eles dois ainda me conseguem fazer acreditar um bocadinho...

25 de maio de 2011

The National



Dissociá-los de ti é coisa que nunca serei capaz de fazer.
Acho que nunca saberei ao certo se me apaixonei por eles ao teu lado ou se isso acabou por acontecer depois... mas a verdade é que aconteceu...










Ah, e gostei bastante dos Dark Dark Dark 
(que afinal não são assim tão Dark,
até pelo contrário!)

24 de maio de 2011

Teoria da conspiração anti-férias

Depois de 2 ameaças de cancelamento da reserva do hotel por culpa de "falhas de sistema" (ora, m*#%a para o sistema!), agora vem o vulcãozinho nórdico espalhar cinzas pelo espaço aéreo europeu...

Não querem convocar uma greve geral dos serviços de transporte aéreo?
Ou um dilúvio?
Ou (outro) dia do Juízo Final, sei lá?!!

Humpfff....

22 de maio de 2011

Há coisas mais difíceis de digerir do que outras...
E uma das que estão no topo da lista é sem dúvida a pressão dos pares.
Para pessoas como eu, que dão muita importância à família, é difícil enfrentar o peso dos olhares e das constatações implícitas nos olhares daqueles que amo...
A minha vida é só minha e quem traça o meu caminho sou eu, disso não há dúvidas!
Mas pelo menos cá dentro custa-me saber que não segui o caminho suposto, que não joguei (não estou a jogar) pelas regras... Às vezes acho que seria muito mais fácil baixar os braços e deixar-me levar pelo caminho que 'apazigua'  e deixa feliz a maioria... Só que eu não sou assim...
Não o fiz de propósito. Também eu não tinha traçado este plano de vida para mim mesma... Saiu tudo ao lado... e eu estou feliz com (quase) tudo o que acabou por acontecer! E a maior sombra nessa felicidade é sentir que, de alguma forma, sou uma desilusão para eles...

E pronto, desabafo cá fora, venha agora o meu melhor sorriso!
Hoje há almoço de família.
Comemora-se o primeiro ano de casamento da M. E os meus parabéns sentidos para ela e para o P.!!

Meme* literário

A Cérise diz que "a Anna é capaz de gostar de responder a isto"... e diz muito bem!
Então cá vai...

1 - Existe um livro que lerias e relerias várias vezes?
Qualquer dos livros do Zafón. Enfeitiçantes da primeira à última página!

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Normalmente faço um esforço por nunca desistir de um livro. Nunca se sabe quando é que pode acontecer a tal reviravolta que mexe contigo. Pode inclusivamente não acontecer... 
Tive imensas dificuldades em chegar ao fim do Budapeste do Chico Buarque e a reviravolta não chegou.
Quem também continua à espera duma segunda (ou terceira) oportunidade para me mostrarem o que valem são os protagonistas de Jonathan Strange & Mr. Norrel da Susanna Clarke (O livro é bom, garanto-vos! O problema é o tamanho - coisa que me intimidou pela primeira vez na vida - e foi o momento em que o comecei a ler.), assim como o Possession da AS Byatt.

3 - Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?
Com tanta coisa para ler, porque é que eu escolheria um único livro?! Bom, se tivesse mesmo de ser, escolheria uma edição das obras completas de Oscar Wilde onde não faltasse qualquer das suas peças de teatro.

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?
Dom Quixote de Cervantes. Está para breve.

5 - Que livro leste cuja 'cena final' jamais conseguiste esquecer?
Se falarmos de efeito negativo, há que referir o efeito angustiante da cena final de Of Mice and Men do John Steinbeck. Fiquei com um enorme nó na garganta.
Se pensarmos num desfecho bom, então talvez seja de mencionar o final de Amor nos Tempos de Cólera de Garcia Marquéz. Quando se cria uma empatia grande com um protagonista, quer-se sempre um final em grande para ele... cheio de ternura e felicidade... 'the works'...
6 - Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Sim. O que havia lá por casa. Os livros infantis que já eram do meu mano (como o Babar, Papuça e Dentuça, etc...) e outros que depois foram sendo comprados para mim, livros de BD... A colecção Uma Aventura não, que sempre embirrei um bocadinho com ela (eu sou estranha, já sei), mas li uns quantos da colecção Clube das Chaves e da Enyd Blyton... até que um dia (lá pelos 16 anos, talvez) peguei n'Os Fidalgos da Casa Mourisca e mudei para a literatura "de gente grande"...
7 - Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Já o referi atrás. Budapeste de Chico Buarque. É claro que há outros mas este foi o mais recente.
8 - Indica alguns dos teus livros preferidos.
O Jogo do Anjo de Zafón. A Bíblia Envenenada de Barbara Kingsolver. Orgulho e Preconceito de Jane Austen. O Livro de Safira, de Gilbert Sinoué.
9 - Que livro estás a ler neste momento?
Dublinesca de Enrique Vila-Matas.
10 - Indica dez amigos para o Meme Literário:
Deixo isso ao critério de quem quiser assumir o desafio!


* é muito mau admitir que 
não conhecia o termo "meme"?!