25 de julho de 2011

4'45''

O volume aumentou e, por momentos, já não havia mais nada. 
Desvaneceram-se as luzes do trânsito e tornaram-se meros espectros de luz em pano de fundo. Desapareceram os relógios. 
Esqueceram-se as amarguras e as preocupações. 
Abafaram-se as vozes da consciência. 
Por minutos fomos apenas e só nós. 
Sem passado nem futuro.
Apenas nós e este intenso grito de sentimento que nos abraçou e não quis largar.
Por minutos apenas.
Minutos que congelaram no tempo. 



21 de Julho de  2011

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Há músicas que ouvimos vezes sem conta, das quais gostamos quase que inconscientemente, seguindo o vogar da maré, concordando com unanimidade sobre a sua qualidade...

E depois há uma ou outra que, num momento inesperado, assumem toda uma nova força na nossa vida e, de repente, se tornam absolutamente marcantes. Como se, de súbito, se tornassem parte de nós. Como se adquirissem o poder de nos obrigar a parar e suster a respiração. Como se quisessem congelar em si a memória de qualquer coisa extraordinária... 

Toda a gente reconhece a força e a intensidade das músicas da Adele. Eu também.
Esta, no entanto, passou para o grupo restrito daquelas especiais que bem poderiam integrar a minha banda sonora...  


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