21 de outubro de 2011

Eu, ele e bagagem para 5 dias...


Enquanto ele vai tratando da reserva dos voos para a próxima semana...

Ele: Teremos de ser compactos na bagagem... mt compactos...
Eu: Quão compactos?
Ele: 1 mala de cabine...


E diz-se isto assim a uma mulher?!!
Ele é, definitivamente, um optimista...e eu terei de operar um fabuloso milagre!

20 de outubro de 2011

Follow-up


Follow-up
An article or a report
giving further information on a previously reported item.


A meu ver, existem situações em que, mais do que regras de um método de trabalho, valem as regras do bom senso e da educação... No caso de não estarem ambas entrelaçadas, como deveriam estar, como é evidente...


Desde segunda-feira que uma empresa de marketing telefónico me anda a ligar sucessivamente. Daquelas que vai buscar os nossos dados a bases de dados de outras empresas.

Atendi à sua segunda tentativa, a meio da tarde de segunda, disse que não me convinha falar àquela hora e pedi que me ligassem após as 18h. Nesse dia não voltaram a ligar.

Na terça ligaram-me pelas 11h. Mais uma vez no meu horário de expediente. Não atendi. Voltaram a ligar pelas 16h. Idem. Não atendi novamente.

Na quarta, ontem, ligaram pelo meio-dia. Atendi, sublinhei que tinha solicitado que me ligassem apenas após as 18h e pedi expressamente que apontassem essa informação no registo dos meus dados.

"Sim senhora, é o que faremos. Ligaremos por essa hora."

Não voltaram a ligar ontem.

Esta manhã, por volta das 11h toca novamente o telefone. E ficou a tocar até chegar o voice-mail. E assim há-de continuar a acontecer, a não ser que me liguem no horário que solicitei.



Trabalhei durante um ano e meio num instituto em que havia necessidade de fazer algumas tarefas tipo call-center. Para o fazer, tinhamos o chamado follow-up em que registávamos todas as informações pernitentes a respeito de cada uma das pessoas.

Antes de pegar no telefone para ligar a uma pessoa, era prática comum abrir o respectivo follow-up e verificar rapidamente as informações... Ora, se nesse follow-up houvesse uma nota a dizer "Não ligar antes das 18h!", não passaria na cabeça de ninguém naquela casa ligar às 11h da manhã para a pessoa em questão! Bom senso, competência, respeito? Acho que é tudo isso... além de profissionalismo...


Eu não tenho problema algum em ouvir o paleio inerente a este tipo de chamada. Atendo, oiço e tomo uma decisão no final. De certa forma, já estive do outro lado da barricada e sei como é desagradável receber respostas ríspidas ou recusas terminantes em ouvir o que há para ser dito. Seja como for, o mínimo que espero é que respeitem e tenham atenção àquilo que digo. Caso contrário, se não me ouvem, então também não vejo qualquer motivo para ouvir...




7 de outubro de 2011

Meia-noite (necessariamente) em Paris


Gosto quando as coisas acontecem assim: seguimos distraidamente para um destino que se espera interessante mas sem demasiada excitação de expectativa e acabamos por encontrar algo muito melhor.

Pôr de lado o trabalho por um serão, aproveitar a véspera de feriado para estar com ele, vontade de regressar a uma sala de cinema, decisão de seguir a sugestão de uma amiga e voltar a dar atenção ao Woody Allen (constato surpreendida que o último que vi foi o Match Point...).

E o destino é Paris numa sala de cinema bem pertinho do mar.

Midnight in Paris é um postal (romântico), a cores e com som*, da Cidade das Luzes. Daqueles que dissipa qualquer tipo de hesitação (se alguma vez a houve) e nos faz declarar decididamente: tenho mesmo de lá ir!

Midnight in Paris é também uma viagem ao passado. Está longe de ser uma estratégia narrativa inédita mas não deixa, por isso, de perder a capacidade de nos surpreender. Meia-noite é hora para a magia acontecer e transformar uma comédia romantica em algo mais. É hora de viajar até ao seio da geração perdida que se reuniu em Paris em torno de Gertrude Stein no início do século passado. É hora de revisitar, numa visita guiada em versão digest, nomes e hábitos que marcaram os movimentos artísticos dessa época.

Sou suspeita, declaradamente suspeita, ou não tivesse eu passado o mês de Setembro a traduzir uma monografia sobre um dos nomes mais sonantes dessa mesma geração perdida. Não tivesse eu lido sobre quase todos os nomes que entretanto apareceram na tela, diante de mim, agora com um rosto. O efeito de reconhecimento é inevitável e fez-me valer o embaraço de apontar entusiasmada para a tela, como quem aponta para o céu quando é surpreendida por um estrela cadente, para identificar alguém que reconhece como se se tratasse de algum velho amigo.
 
Para além disto, Midnight in Paris é, sim, uma comédia romântica simples, com um final feliz uns quantos clichés à mistura. E então? Eu, romântica declarada e inveterada, me confesso. O resto não precisa de ser dito



*Que banda sonora mais adorável!!