31 de maio de 2009

Praia & borboletas

Parece que eu e a Sakura presenciámos o mesmo fenómeno curioso esta sexta-feira na praia:
uma curiosa dança de borboletas




Não percebi realmente de onde poderiam ter saído, mas teve realmente tanto de inesperado como de belo!




São bichinhos relativamente difíceis de captar com uma objectiva, sobretudo se as mãozinhas que estiverem a comandá-la forem desajeitadas como as minhas... Mas houve um destes seres, como pretensão a top model, que se deixou fotografar com elegância e atitude...



The real one!

Lancei o desafio à Sakura e chega agora a minha vez de retribuir!

Também a minha praia não é paradisíaca, mas teve muito de pacífico esta sexta-feira!

De facto, havia pouca gente ainda, e na sua maioria surfistas (se bem que, para um dia de semana, até nem me pareceu nada mal). Seja como for, diria que, muitas vezes, essa é precisamente a medida suficiente...

Aqui está ela, ao vivo e a cores, captada in loco por moi même!

29 de maio de 2009

Novos amigos


Queria só apresentar publicamente os meus dois novos cúmplices!
Em vez de andarem por aí à deriva, que sítio melhor para acolher as minhas palavras inconscientes do que estes "fashionable" Moleskines?!
Tinham de ser cor-de-rosa, obviamente!

28 de maio de 2009

Pirilampos

Quando eu era pequenina, havia uma vinha em frente à minha casa, e apenas nos dividia um caminho... E nas noites de Verão, saía à rua depois do jantar só para espreitar a etérea dança dos pirilampos por entre as videiras...

Foi-me explicado de que tipo de bichinhos se tratava... o meu mano chegou mesmo a apanhá-los para que eu os pudesse ver...


Seja como for, para mim, aquilo tinha sempre qualquer coisa de mágico! Mais do que meros insectos, aquelas eram pequenas fadinhas que saíam à noite para celebrar um evento maior! (E, à época, estava ainda a muitos anos de ler o Sonho de uma Noite de Verão.)

Entretanto, no lugar da vinha nasceu uma vivenda, rodeada por muros altos e impessoais...
Entretanto, também eu cresci e deixei de procurar as danças das fadas... acho que me esqueci delas...

E esta noite, pura noite de Verão, saí à rua, sem destino ou motivo, fui caminhando, e depois da vivenda, no pequeno terreno que lá ficou, lá estavam elas! Lá estavam as fadas no seu momento idílico, celebrando a noite, o calor, o ar leve que se respirava...

As minhas fadas regressaram! Afinal ainda existem! Também elas se retiraram discretamente para mais tarde regressar em grande estilo!

26 de maio de 2009

Die Unsicherheit des Fühlens


Meistens, wenn du alles vergisst und nur den Moment geniesst, alles sieht so einfach aus… Du willst nur alles erleben, alles machen! Die anderen sind irrelevant, sie meinen nichts, sie beeinträchtigen nichts…


Aber wie ist es am nächsten Tag? Dann beginnt dein Gewissen seine Arbeit. Die andere Menschen nehmen plötzlich eine hochrelevante Rolle an, ihre Photos erinnern dich daran, dass es eine Vergangenheit gibt, dass du kaum ein Spiegel, ein Ersatz davon sein kannst und, auf jedem Fall, nie die echte Essenz.


Das wäre ganz perfekt aber, wie gesagt, Perfektion gibt’s nicht…


(Deixei estas palavras há já algum tempo num sítio onde não tiveram eco...
Eu sei, poucos sabem Alemão...
Mas estas são puras palavras inconscientes e, como tal, tinham de ganhar vida aqui....)

25 de maio de 2009

My Blueberry Nights


Pela boa reacção dum amigo a este filme, fiquei curiosa e acrescentei-o à minha lista, muito embora tenha ficado meio esquecido entretanto... Vi-o ontem e fiquei... embevecida...

Separados (ou unidos) por um balcão, Jeremy e Liz conhecem-se inadvertidamente, por conta da ruína emocional dela e do posicionamento estratégico do café dele...


Sem perceber como nem porquê, no meio da desorientação, ele tornou-se o seu porto de abrigo, o ponto de regresso, a confiança e o apoio... um desconhecido, imparcial, que a ouve, a compreende, e lhe adoça o azedume em que se tornou a sua vida com aquelas esplêndidas tartes de mirtilo, cuja qualidade parece esquecida ou desvalorizada por toda a gente...


E mesmo quando parte em busca de si mesma, sem destino ou objectivo, ele não deixa de ser esse ponto de abrigo, fazendo dele o seu silencioso confidente, sem esperar resposta....

Ele, do outro lado do balcão, quieto, acabou por tomá-la como parte da sua vida... O típico barman que ouve quem se senta do outro lado, mas que desta vez acaba por se envolver também...

Curiosamente, um dos mais famosos clichés da história do cinema acaba por assumir aqui o papel do motivo essencial do desenrolar dos enredos de toda a história - o balcão do bar e o barman - o refúgio, o ponto de apoio, o confidente anónimo que se torna o único amigo....

Não será provavelmente um blockbuster, mas pela suavidade da história, pelo toque de realismo, pela excelente escolha de actores (seria possível encontrar rostos mais doces e perfeitos para os protagonistas que os de Jude Law e Norah Jones?!) e pela banda sonora, entrou definitivamente para os meus favoritos!

20 de maio de 2009

Letargia temporária

Tenho andado um pouco ausente nos últimos dias... Não é porque não esteja a acompanhar as vossas palavras, muito pelo contrário...

Por motivos que não me agradam, vi-me na necessidade de me afastar um pouco da net... Nem sempre tudo o que brilha é ouro ou cristal...

Além disso, depois de um fim de semana agarrada ao PC a traduzir e de um início de semana com todos os computadores da empresa a boicotarem o meu trabalho, confesso que não me sinto capaz de tratar estas maquinazinhas com decoro e parcimónia...

Já para não dizer que estou... como dizer... sinto-me pouco capaz de escrever algo verdadeiramente produtivo e/ou interessante...

Preciso de férias... já estou em countdown... é já a partir de quinta-feira...

15 de maio de 2009

A feira...


Já perdi a conta aos comentários que fiz sobre a feira do livro por aí…

Curiosamente, no meu blog, ainda não tinha caído um post sobre o assunto…
Esta quarta-feira lá rumei eu ao Parque Eduardo VII, para cumprir a encantadora tradição de percorrer as barraquinhas de livros com o Mário, como sempre… Inconscientemente, fizemos disto um ritual… Não se criam muitas oportunidades para estarmos juntos, portanto é sempre um momento especial… Como já conhecemos bastante bem os gostos e interesses literários um do outro, acaba por ser sempre uma tarde de sorrisos cúmplices, de comentários e discussões, de brincar com os "guilty pleasures" um do outro… Tudo aliado à doce nostalgia dos tempos que passámos juntos na faculdade… Este ano não foi diferente…

O tempo bem que prometeu uma tempestade, mas não teve coragem de nos estragar a tarde. Deixou-se estar quieto a ver tudo e só se lembrou de que estava para chover quando, já passava das 21.30, nos lembrámos de nos gabar pela sorte e clemência da chuva para connosco… e nesse preciso momento, pequenas e tímidas gotas de chuva marcaram os nossos rostos…


Quanto à feira propriamente dita, não muito diferente do habitual. A opinião comum foi a de que os preços eram altos… sim, também me pareceu… reflexo da conjuntura? Talvez…

Seja como for… na feira, o que brilha é a coerência do espaço. É encontrar tudo o que se procura e o que já nem nos lembrávamos que queríamos encontrar! É reencontrar nomes já escondidos no fundo da gaveta da nossa memória! É viajar por outros tempos nas bancadinhas dos alfarrabistas! É reconhecer a tendência literária portuguesa actual pelos destaques nas bancadas dos ditos líder de mercado…



Tudo isto sob o céu de Lisboa, ao fundo o rio, à volta o parque, os melros atrevidos e confiantes, as árvores que relutantemente cedem a sua sombra… um caminho que desce em perspectiva em direcção ao rio… e avistamos toda a linha até ao fundo… como se pudéssemos fechar os olhos e, num ápice, voar até lá abaixo… e tudo isto aconchegado pela aura da literatura… Que bom…


Vieram comigo para casa apenas dois pequenos tímidos, mas fortes:
O Declínio da Mentira, de Oscar Wilde, o meu autor "fetiche" (Vega)
Esta Cidade!, de Irene Lisboa, a minha conterrânea (Presença)

13 de maio de 2009

Está beeeeem!

Ora pois que acabo de descobrir que várias pessoas teimam ter-me visto num spot publicitário na TV!

Sim, diria que a linguagem corporal será muito semelhante... o cabelo também, vá....

Agora, tenho que assegurar publicamente que nem os interesses, nem as "coisas que lhe sobem", nem tão pouco a vontade de "abuzar o dia todo... várias vezes por dia" têm minimamente a ver comigo!!

Já há cerca de um ano um ex-aluno jurou a pés juntos que eu estava num anúncio (também de uma empresa de telecomunicações... curioso) numa revista! Agora volta a acontecer, desta vez com vários "acusadores"!

Em todo o caso, admito que tem a sua piada!

Para quem quiser tirar a teima, espreite aqui o dito anúncio, no cantinho inferior direito da página!

Para os mais crédulos, NÃO, não sou mesmo eu!!!

Pensamento do dia...

Será sensato fazer uso
do
bom senso?...

10 de maio de 2009

Conto de fadas em 3 minutos

Estreou há poucos dias o novo anúncio do perfume Chanel Nº5, desta vez com Audrey Tatou como protagonista e sob a batuta de Jean Pierre Jeunet.

Encantador, mais uma vez! Perfeita a transmissão da aura de mistério, da intemporalidade, da imponência e primazia dos sentidos, bem como o hipnotizante poder da atracção entre dois desconhecidos que se enfeitiçam mutuamente sem saber bem porquê...

Em conversa com uma boa amiga, acabei por concordar com ela que, por fantástico que este seja, não consegue suplantar o seu antecessor, com Nicole Kidman e Rodrigo Santoro nos papéis principais, dirigido por Baz Luhrmann, sem dúvida ainda mais cativante, em todos os aspectos! O tom, o espaço, a história, as personagens, tudo...



Importa frisar, no entanto que apesar de todo o glamour que o envolve, não posso com o aroma deste perfume...

(Para ti, amiga! Não o perfume, claro, mas sim o filme!)

Pensamento do dia...


All the good ones are taken...

8 de maio de 2009

Intertextualidade


«Todo o texto se constrói como mosaico de citações,
todo o texto é absorção e transformação de um outro texto.»
Julia Kristeva


Eu costumo chamar a isto uma espécie de "occupational hazard", se bem que o trabalho com a literatura já não é parte activa do meu quotidiano... mas sim, de vez em quando vêm-me à mente (acho que é suposto isto acontecer!) notas daquilo que fui aprendendo nos últimos anos...

Intertextualidade
Um termo que, na minha inocência inicial, cheguei a atacar nas aulas de Introdução aos Estudos Literários como um eufemismo para plágio ou, quando muito, para acusação de plágio!

Ainda mal tinha começado as minhas caminhadas pela literatura e foi-me difícil aceitar o conceito de que as obras vivem constantemente de referências a outras... Depois da indignação da ideia do plágio, seguiu-se-lhe outra: a injustiça para com os autores em geral! Identificar traços de intertextualidade seria, a meu ver, atacar as suas qualidades criativas!

À medida que se vai começando a identificar o dito intertexto, percebe-se finalmente que este é um processo tão ou mais criativo do que a criação pura - é a capacidade de adaptar, reconstruir, remodelar algo para enriquecer a criação.

Para o leitor, por sua vez, quando toma consciência do facto, começa mesmo a ser divertido entrar no jogo das identificações, dos reconhecimentos... é como desconstruir um puzzle e perceber, a páginas tantas, que já se deu uns bons mergulhos na literatura!

Eu descobri este conceito na literatura, mas, obviamente, ele está espalhada e prontinho a ser encontrado por todo o lado na nossa sociedade, na publicidade, na arte e no design, sei lá...

Aqui fica um dos inúmeros exemplos que se podem encontrar, e dos mais claramente identificáveis (e fofinhos!), implicando as personagens de banda desenhada do americano Bill Watterson, Calvin & Hobbes, muito bem ilustrado pela Joana Raposo :


Calvin & Hobbes ou Italo Calvino & Thomas Hobbes

Em todo o caso, não consigo deixar de associar este processo à própria construção da nossa personalidade! Não é o nosso carácter, o nosso comportamento, a nossa vida, uma série de entrecruzar de textos, de posteriores readaptações e reconstruções? O nosso percurso é uma linha contínua, mas fluida, que se enrola e se sobrepõe frequentemente e nós vamos, inconscientemente, criando o nosso próprio intertexto...

5 de maio de 2009

Fuck it!

A revista Happy de Maio traz um artigo com o título Fuck it - Não leve a vida tão a sério!
Ainda não li o dito cujo, mas só o Editorial (pelo punho da directora, Carla Ramos) já me valeu uns bons sorrisos de reconhecimento!

John C. Parkin, autor do livro «Fuck it» defende que devemos começar a usar a expressão em voz alta e acredita que ela funcionará como um catalizador para mudarmos a nossa vida. Para melhor. Se somarmos, durante uma semana, todos os «sim» que na realidade deveriam ter sido «não», vamos ficar exaustos com a soma. E com o estrago que fizemos na mossa qualidade de vida. Quantas vezes já lhe apeteceu? Quantas vezes engoliu em seco e não foi capaz de o dizer? Experimente fazê-lo, uma vez. Esqueça o que os outros vão pensar ou que considerações vão tecer. Diga «fuck it». Diga-o, em voz alta. Às vezes, é terapêutico.

Ora, pois!
E não é que me parece que que isto é bem verdade! Sobretudo a estatística dos «sim» e «não»! Quantas vezes engolimos mesmo em seco e acabamos por soltar um «sim» vergonhosamente hipócrita em vez de gritar bem alto a nossa verdadeira vontade?!

Já em relação ao «fuck it»... bom... Por muito catártico e tentador que isso me soe, assim de repente, não me parece muito viável (ou mesmo civilizado) que andemos por aí a mandar tudo e todos para o tal sítio...

Em todo o caso, que é tentador... lá isso é...

4 de maio de 2009

Bem feita pra mim!

Comprei na semana passada o novo álbum dos Depeche Mode, com as expectativas em alta e muita curiosidade...



Confesso... fiquei muito desiludida... não esperava tanto experimentalismo e electrónica... acho que aquela imagem não encaixa minimamente com o som dos Depeche, mas enfim...

Ironia das ironias... tanto maldisse o CD que hoje me apercebei de que ele já não estava no comparimento da porta do carro onde o tinha deixado... deve ter caído em algum lugar ao abrir ou fechar a porta...

Raios! Está bem que eu fiquei desiludida, mas também não era preciso deitar fora um CD novinho em folha e que eu, apesar de tudo, ainda tencionava ouvir algumas vezes...
:S