30 de março de 2012

Trabalhos do demo


Penso nestes trabalhos e procuro a máxima que mais se lhes adequará… Não sei se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, se o primeiro estranha-se, depois entranha-se… Talvez nenhum dos dois, mas a ideia aproxima-se...

A verdade é que continuam a ser trabalhos estranhos que, entre limitações de caracteres e adaptações de traduções automáticas e frases completamente herméticas*, têm uma componente de "tradução-tradução" muito pequena já. E, no entanto, não sei se por uma atitude inconsciente de resignação, se por algum pico de paciência e boa vontade (?!), começo a não me importar muito com eles quando me caem no colo.

Se é repetitivo e mecânico? Oh, se é! Mas o mesmo dirá a cozinheira da cantina quando passa a manhã a descascar 20 kgs de batatas, a manicure que lima e pinta dúzias de unhas por dia, a analista que recolhe um sem-número de amostras de sangue, a professora que corrige três turmas de testes com a mesma grelha de perguntas e respostas. Mas alguém tem de o fazer, mesmo que seja uma chatice tremenda.

Talvez seja essa constatação que me faça olhar para estas listas de strings que me chegam às mãos, sem contexto sequer por vezes, e pensar: Então vamos lá tratar disto!, sem fazer birras...  (Quase nunca sem as birras, vá, que uma pessoa não é de ferro e a tradução não-técnica é como um vício que, na sua falta, provoca sintomas de ressaca.)

Não deixam de ser trabalhos do demo mas, lá está, alguém tem de os fazer…


*strings de software, o que mais?...

23 de março de 2012

Detesto...


... gente mesquinha que se contenta com o medíocre, não se dando ao trabalho de aspirar a melhorar.
... gente calona que não se esforça minimamente para aprender com quem está disposto a ensinar.

... gente egoísta que só se preocupa com o próprio umbigo e não sabe o que é colaborar numa equipa.
... gente baixa que comete erros e age como se não fosse nada, não sendo sequer capaz de abrir a boca para pedir desculpa.

... ter de coexistir diariamente com gente assim...