5 de outubro de 2013

A Educação Musical de Anna XXVII

Há uns meses atrás, quando ouvi pela primeira vez o single do novo álbum dos Vampire Weekend, admito que não fiquei particularmente entusiasmada...

Hoje, apanhada totalmente desprevenida, reconheci-os aos primeiros segundos da música e relembrei tudo aquilo que me agrada no som deles. :)

(Obrigada Fifa 2014!)

4 de outubro de 2013

Mau feitio - mea culpa





Por vezes sinto uma certa necessidade de me desculpar por um ou outro dos meus ataques de mau feitio… mas raramente encontro um momento pertinente para o fazer e a coisa vai passando por entre os pingos da chuva... e desconfio que o único dos envolvidos que não se esquece e que se importa com isso sou eu, mas enfim...

A verdade é que tenho mau feitio e faço questão de contradizer quem simpaticamente me diz "Não percebo onde!" porque sei que, mais tarde ou mais cedo, salto para além dos limites do controlável e acaba por ocorrer uma explosão…

Vou fazendo por controlar os meus acessos de neurose (e tenho melhorado bastante nos últimos anos! A minha mãe sabe! Perguntem-lhe!!), até porque os outros não têm culpa de eu estar com os azeites e não têm de levar por tabela. 

Mas bolas!, que uma pessoa não é de ferro (e as hormonas também não colaboram, vá…) e há dias em que já não se arranjam energias nem pachorra para engolir e seguir caminho com um sorriso e já nem é preciso uma pisadela, basta um mero encosto, para que a coisa descambe e eu revele a minha tromba furibunda, como diz aqui o chefe... 

Portanto, às pessoas que estiveram comigo no fim de semana passado: não é pessoal nem pouco mais ou menos. O problema era entre mim, as minhas ideias e as minhas hormonas. Só estava pouco capaz de controlar isso tudo junto e rematar com uma cara aceitável. Já passou. Espero que o efeito causado não tenha sido o pior e que me continuem a considerar um pessoa com bom feitio, salvo algumas excepções!

12 de agosto de 2013

Serviço público de desmistificação

Para quem nem sequer pergunta, mas avança logo para a conclusão:
Não, viver perto da praia não é sinónimo de estar sempre na praia. 

6 de agosto de 2013

Dívidas literárias, férias e comboios



Para a maioria, isto soará provavelmente a coisa de nerds da literatura mas, bem vistas as coisas, eu não deixo de ser um deles (e não me importo mesmo nada com isso!).


A verdade é que me sinto em dívida para com alguns autores, sobretudo clássicos, por não me ter detido a conhecer as suas obras. Vou lendo Greys e outros exemplares de chick lit (e leio porque gosto, sem problemas em admitir, mas também porque são os meus easy reading e, muitas vezes, a rotina diária não me permite muito mais do que isso), mas depois dou por mim a pensar nas páginas que entretanto poderia ter lido de alguns desses clássicos que, por mim, são incontornáveis. Porque me interessam, porque me despertam a curiosidade e porque entendo que, se quero falar deles, tenho de saber do que estou a falar.


Estas férias deram para colmatar uma dessas lacunas. Peguei no meu primeiro volume da colecção da Agatha Christie. A propósito, sou eu a única que visualiza sempre a senhora do Crime disse ela quando pensa em Agatha Christie? E que, para além disso, nunca se lembra que o protagonista mais conhecido dos seus policiais é Hercule Poirot?


Acabaram por ser uma espécie de dias temáticos os últimos das férias já que, lendo o Crime no Expresso do Oriente, dou por mim a levar o meu sobrinho ao seu primeiro passeio de comboio, seguido de uma tarde de brincadeiras com o comboio que lhe tinha oferecido no ano passado, seguido ainda de uma viagem de intercidades Lisboa-Porto.


Finalmente sei do que se fala quando se fala em Agatha Christie. Neste livro, pelo menos, encontrei uma intriga bem construída, que por vezes me pareceu algo previsível, sensação essa desmentida depois pelo desfecho. A escrita é simples e clara, o que permite uma leitura fluida sem quebras monótonas e que deixa o desejo de mais. Confesso que ponderei pegar noutro dos seus policiais, já que tenho na estante mais uma boa dúzia à espera, mas acabei por me decidir por intercalar algo diferente, até porque já percebi mais do que uma vez que "maratonas de autor" não são, definitivamente, coisa para mim.

15 de julho de 2013

Coisas que eu gostaria de dizer alto e bom som e não posso!


Vocês trabalham - e obrigam-nos a trabalhar - com um programa de m*%#a do qual ninguém gosta e com o qual ninguém sabe trabalhar e cujo apoio técnico não me sabe arranjar soluções!

E eu tenho de inventar soluções impossíveis para problemas que não lembram a ninguém, para que outros possam trabalhar sem atrasar/prejudicar o meu próprio trabalho, dentro de prazos igualmente impossíveis…

E tenho também trabalhar com pessoas que não sabem fazer coisas tão simples como pontuar devidamente uma frase, respondendo-me "Não continua cá" quando na verdade o que querem dizer é "Não, continua cá.". E eu tenho de adivinhar porque, vai-se a ver, a tarefa de um revisor é adivinhar o que um tradutor quer dizer com frases que não pontua...

30 de junho de 2013

O conceito "pimba" é exclusivamente aplicável ao plano musical português?

Ou serei eu que não percebo, de todo, o conceito?

Porque é que o leva no pacote da Rosinha é música pimba, mas o blow my whistle do Flo Rida nem por isso e cabe em qualquer alinhamento das rádios mais ouvidas por cá?...

24 de maio de 2013

To whom it may concern...


Há limites intransponíveis. Há coisas que não se fazem. Há coisas que não se dizem.

23 de maio de 2013

Easy reading


Hoje, depois de tratar do status update do Goodreads, colocando assim o terceiro livro da trilogia das Sombras de Grey à frente dos outros três que estão pendentes (J. K. Rowling, Calvino e Vila-Matas), dou por mim a pensar por que raio é que me detenho com a leitura de algo que eu própria já classifiquei de “pobrezito”…*

Simples: é uma questão de não sobrecarregar (mais) as ideias… Quem trabalha em letras sabe bem que muitas vezes, depois de 7 a 8 horas diárias a ler, compreender, escrever e reescrever, já nos sobra pouca capacidade de dedicar mais da nossa concentração a um livro inteligente, com uma teia intrincada de enredos e personagens densas.  

A famigerada trilogia entra numa categoria praticamente oposta: a escrita é de leitura fácil e rápida e a narrativa é simples e linear. Girl meets boy … e 600 x 3 páginas (e muito sexo à maluca) depois… they lived happily ever after. Pelo menos suponho que seja isso embora, estranhamente, ainda nenhum spoiler me tenha revelado como acaba a história.

E é disso mesmo que se trata: uma espécie de easy reading. Não me chateio muito com a leitura, não esgoto mais a minha capacidade de leitura e interpretação que, muitas vezes, entra no nível da reserva ao final do dia, não fico irritada comigo mesma por sentir que não estou a interessar-me devidamente pelo livro ou a fazer-lhe justiça (porque ler por aí fora elogios rasgados ao Dublinesca do Vila-Matas e pensar que tive de o pôr de parte porque o estava a achar tremendamente aborrecido faz-me pensar que há qualquer coisa de errado comigo...). 


*Da mesma forma que dou por mim a pensar 
por que raio sinto eu necessidade de me justificar…

14 de maio de 2013

11 de maio de 2013

A Educação Musical de Anna XXVI




Quase que sinto uma certa irritação por ouvi-la passar tantas vezes na rádio... como se estivessem a  banalizar indevidamente uma pequena preciosidade...

6 de maio de 2013

Operação Tradução secreta?!!

Calculo que a notícia (e o vídeo) tenham empolado/dramatizado um pouco os factos para intensificar o efeito surpresa do livro e chamar a atenção... ainda assim, mas que raio?!!!

(Em pulgas para saber quem é o português...)

17 de abril de 2013

Closure

Um enorme alívio. 
É a sensação de finalmente despachar o último ficheiro de um projecto demasiadamente esgotante. 

Um projecto que (me) dominou quase os últimos dois meses, ao ponto de por vezes me fazer sonhar com ele de noite. Um projecto que testou os limites da minha paciência e que quase me levou a duvidar das minhas competências. 

Queria ter escrito sobre tudo isto antes de ter ido de férias, mas muito maior do que a necessidade de escrever foi a necessidade de me desligar de tudo isto. 

Talvez volte a escrever sobre em breve, de uma forma mais crítica e menos sentimental mas, por agora, só me apetece mesmo é dar saltinhos atirar confettis!! Volto ao "modo normal" de tradução e revisão! (Até ao próximo desafio, pelo menos!)  

26 de março de 2013

És mesmo tu, Anna?


Essa que está neste momento a ouvir as músicas da banda sonora do FIFA?


É que uma pessoa não joga, não olha para aquilo, nem tão pouco está interessada em fazê-lo!! Mas o raio das músicas ficam-nos no ouvido! 

19 de março de 2013

Engano de Roth... ou o desengano da Anna


Chego ao fim deste livro e concluo que a minha perspectiva da literatura é demasiado 'clássica', se é que isso se pode dizer...

Quero e preciso de saber o mais possível sobre as personagens. Andar meio às cegas, ter de deduzir (sem seguranças) quem é quem, sem nomes nem locais, ter quase só fotogramas em jeito de flashbacks, para mim, não chega para me encher as medidas enquanto leitora.

O livro só me "apanhou" no último terço, em que finalmente o narrador "põe ordem na casa" e, ainda que inadvertidamente, deixa deduzir relações e intenções.

Se a obra de Roth se define por estas linhas, então não me chegará a encantar... Problema meu quem, talvez por serem contemporâneo, esperava encontrar em Philip Roth um outro David Lodge...


17 de março de 2013

O valor do trabalho

Há dias pediram-me para fazer um orçamento para a tradução de um documento. Um documento de uma área técnica específica e que me ocuparia cerca de dois dias e meio de trabalho. Fiz o orçamento, de acordo com os parâmetros habituais, e enviei-o. Há 9 dias atrás. Não obtive qualquer resposta de quem mo pediu. Nem um "Não obrigada! É muito caro, não posso pagar!", nem tão pouco um "Que abuso, vá roubar outro!"...

Andei uns dias a pensar na possibilidade de ter feito um orçamento ridiculamente astronómico, de ter abusado, de poder estar a sobrevalorizar o meu trabalho...

E entretanto, ontem, enquanto conduzia à noite, dei por mim a fazer contas... Por dia, o meu trabalho vale apenas mais 5 euros do que o da senhora da limpeza.* A quem se paga sem discutir, tão simplesmente porque nós não o faríamos melhor.

Poderia questionar o valor do trabalho dela e o valor do meu, mas isso seria totalmente falacioso, porque cada um deles vale o que vale.

A senhora da limpeza não faria o meu trabalho, mas eu também não faço o trabalho dela tão bem como ela. Nem tenho tempo para isso, já que as 7 horas (no mínimo) que ocupo por dia a fazer o meu trabalho são horas que não posso dedicar ao trabalho que ela assume. E, até ver, os dias ainda têm 24 horas para cada ser humano.

Da mesma forma que nos indignamos por dentro quando o canalizador nos apresenta o orçamento do arranjo dos canos do lavatório da cozinha. Indignamo-nos, mas acabamos por aceitar e pagar porque nós não fazemos o trabalho dele. E precisamos que ele seja feito.

Valerá o trabalho do canalizador ou da senhora da limpeza mais do que o da tradutora? Ao ponto de nem uma resposta merecer, mesmo que negativa?!...



*Sendo que eu pago impostos sobre esse valor e ela não, 
mas isso são outros quinhentos...

28 de janeiro de 2013

Chewbacca



Sabes que a Guerra das Estrelas não é coisa para ti quando percebes que sempre pensaste que o Chewbacca era este...