12 de dezembro de 2011

Ser especial ou (esperançosamente) ingénuo


Há momentos e pessoas na vida que nos fazem acreditar que tivemos direito a um lugar especial na escala dos estatutos e dos tratamentos. Pessoas que nos sentam do seu lado direito e permitem que assistamos com vista privilegiada à forma de tratamento que merecem os demais, os comuns. E nós, não comuns, mas sim especiais, vamos achando que aquele lugar é cativo e eventualmente retribuimos a concessão com um lugar igual ao nosso lado.

No entanto, por vezes acabamos por perceber que esse lugar que nos foi concedido não tem nada de cativo ou permanente. É tão efémero quanto a vontade de quem o concede. E, aos poucos, constatamos que não somos diferentes coisíssima nenhuma, passamos de especiais a comuns e começamos a receber exactamente o mesmo tratamento que antes apenas observávamos…  


Na verdade, são muito poucas as pessoas que realmente consideram que merecemos ser especiais. E muitas vezes essas pessoas cingem-se apenas e só ao círculo familiar directo, incluindo por vezes alguns amigos genuínos...


Sou ingénua, sei que sim. Prefiro salientar o melhor que há nas pessoas, prefiro acreditar em coincidências e acasos, mas do que intenções... E gostaria de manter-me assim...

3 comentários:

  1. O comportamento daqueles que nos rodeiam para com os outros é o mesmo comportamento que têm para connosco na nossa ausência ou na nossa ingenuidade de pensar que somos diferentes.

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  2. Eu gosto de acreditar nas pessoas boas e nos sentimentos verdadeiros.

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  3. Então também sou ingénua, mas até ver até me tenho dado bem com os amigos que tenho :)

    Beijinhos

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