27 de abril de 2011

E Patrick Watson foi assim

Foi flutuar entre momentos familiares e outros absoluta e felizmente desconhecidos.
Foi empatizar com a deliciosa empatia que emana do grupo e sentir-se simultaneamente acolhido e arrebatado por uma atmosfera tão intimista, mas que por vezes nos fazia enterrar na cadeira com avanços inesperados e intempestivos.
Foi querer levar para casa a ternura e a simpatia de um Patrick Watson que foi menino travesso entre amigos e artista ao mesmo tempo.

Foi irromper triunfantemente por Beijing à velocidade da luz.
Foi ouvir, cantar e voar com um Big bird in a small cage a cantar em modo 'anos 40', à luz ténue e com um microfone para cinco.
Foi partir à descoberta de Anywhere, um lugar ainda desconhecido mas ansioso por ser descoberto.
Foi descobrir Where the wild things are embrenhando-nos por uma teatral atmosfera de fantasia tecida em sons.
Foi reencontrar um quase perdido na memória To build a home e descobrir que hoje, quase dois anos depois de a ter ouvido pela primeira vez, é uma música completamente diferente mesmo não tendo deixado de ser a mesma.
Foi procurar, entrar e deixar-me levar numa Great Escape, ainda que interrompida por um momento tipo "espera, querida, que me esqueci de pôr a máquina a lavar" (mas para desligar nem sei bem o quê), para depois prosseguir num compasso mágico sem mais interrupções nem retrocessos.
Foi fechar a lembrar Lhasa de Sela com um delicado Between the bars e querer recuar no tempo para os poder ouvir em dueto...
E foi querer mais assim...


Beijinchen, S.!
Tal como tu dizes,
temos de fazer isto mais vezes!

3 comentários:

  1. Não conhecia. Apesar de não fazer bem o meu género, dou o devido mérito a quem compõe assim, pois é muito mais difícil e requer uma noção de ritmo e melodia que uma qualquer canção de comercial que possamos ouvir na rádio.

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  2. Gosto muito de Patrick Watson e imagino a beleza que foi!

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  3. .:GM:.:
    Sim, é verdade! O trabalho dele não é propriamente mainstream nem cairá bem ao ouvido de toda a gente. O seu brilho prende-se em boa parte pela riqueza das suas composições e pelo eclectismo das suas capacidades.

    Rosie:
    Terias gostado, de certeza! Eu gosto bastante do trabalho dele, mas não era fã acérrima. Fui ao concerto por incentivo duma amiga que já o tinha visto ao vivo e recomendado vivamente, e não me arrependi! É daqueles artistas cuja nossa boa impressão cresce quando vistos e ouvidos ao vivo!

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