1 de junho de 2009

Notas (I)

Suave e discreto.
Navega por entre as ondas do sopro do vento.
Não diz, não mostra, não precisa que o vejam.
De passos seguros, vai cravando o rasto efémero dos seus passos no areal.
Pára decidido, como se aí tivesse encontrado o seu oásis, visível apenas para si mesmo.
É ali.
Continua silencioso.
Apenas as folhas do livro ouvem os seus pensamentos.
Só a brisa do mar sente o seu rosto sereno.
Não há mais nada.
O tempo é só dele.
O bater ondulante da espuma no seu ser deixa apenas trilhos comedidos e indecifráveis para o comum dos mortais.
É a sua aura encantadora de livro aberto escrito a tinta transparente que fica quando a luz do Sol parte enfim…

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