12 de dezembro de 2012

Girls will be girls


A poucos dias de festejar o primeiro aniversário, a mais nova da família já dá uns passinhos, sorri muito (muito mais do que há uns meses atrás), fala pouco, pede muita atenção a toda a gente, mexe em tudo e come como gente grande!

E a poucos dias do seu primeiro aniversário, continuo a conter uma vontade imensa de reivindicar o direito de fazer dela uma princesinha de vestidos rodados, boleros de lã e sapatinhos de ballerina! Mesmo que seja uma princesinha rechonchuda que ainda tropeça nos próprios pés e muda rapidamente para o modo-gatinho quando está com pressa para chegar a algum lado.

Dizem-me que para uma bebé de colo andar de vestidos não é muito prático. Talvez um dia venha a perceber esse argumento, se algum dia for mãe duma menina. (Pelo que vejo, no Inverno, um bebé de colo anda sempre todo "enchouriçado", não importa o que tem vestido...) Neste momento, não me apetece perceber. Apetece-me comprar-lhe vestidos e saias e lacinhos para o cabelo. E a mãe diz-me que lhe fazem falta conjuntos de calças e camisolas. E o meu subconsciente torce o nariz... 

11 de dezembro de 2012

Praguejar...



Pior do que escrever uma asneira num espaço de leitura pública é escrevê-la com um erro ortográfico…
Poder-se-ia até pedir um bocadinho de zelo, mas… bem vistas as coisas, é uma asneira…

Dá-me vontade de fazer como aos miúdos e entoar a palavra:
Então diz-se "báta-se" ou "batásse"?!!

14 de novembro de 2012

A Educação Musical de Anna XXV


A ti, que me trouxeste até eles!
Parabéns!

[Mumford & Sons ~ Little Lion Man]

7 de novembro de 2012

True...


Yeap... penso nisto de cada vez que a net ou a electricidade falham e eu fico parada a olhar para o computador... 
(E nem as enciclopédias em papel me salvam...)

Palavras inconscientes II


Quando era mais nova, diziam-me que com a idade se vai perdendo a inocência e ganhando paciência. Nessa altura, ansiava pela segunda e temia a primeira… Olho para trás e percebo que quem me disse isso sabia do que falava…

Talvez não me tenha tornado assim tão mais paciente do que era há uns anos atrás, mas  aprendi seguramente a desesperar menos, a dominar a pressa, a tolerar as contrariedades…

Quanto à inocência (alguma vez a chegamos a ter?), ou antes a ingenuidade, sinto-a cada vez mais a toldar-se pelas sombras da realidade. É impossível levar abanão atrás de abanão e continuar com a mesma segurança de sempre. Cada vez mais percebo que as boas acções ficam apenas para quem as pratica. Consta que sou boazinha. Talvez. Mas não sou nenhuma Madre Teresa. Se faço as coisas por prazer, ou por amizade, ou por amor, o que for, posso não querer retribuição mas espero ao menos reconhecimento. Espero que um dia qualquer olhem para mim e pensem: Bolas, já estive no lugar dela uma vez. E como é que ela agiu nessa altura? Não é assim que funciona, no entanto. O caminho daqui para a Lua nem sempre é o mesmo que o da Lua até aqui. Então, para quê preocupar-nos? Para quê pensar nisso (como dizia alguém ainda há pouco ao meu lado no sofá)?... E assim vamos aprendendo a querer saber cada vez menos... Vamos observando com um olhar mais atento e menos inocente e vamos percebendo que cada vez vale menos a pena querer saber… E vamos eventualmente ganhando em sanidade mental…

31 de outubro de 2012

Alemão - Quê?!!


Pensando bem... nunca se sabe quando é que uma pessoa terá de se desenvencilhar a comunicar com alguém da Terra Média...

26 de outubro de 2012

Constatação

Ao arrumar  de volta na estante os dois volumes do Dicionário Houaiss que estive a consultar, apercebo-me de que provavelmente serei ser a última pessoa que ainda recorre a dicionários e enciclopédias em papel...

2 de outubro de 2012

Snobs debaixo do braço


Suponho que também haja algo de snob nesta mania incorrigível de andar sempre sempre com um livro, mesmo sabendo que em determinados dias não terei sequer a oportunidade de o abrir. Será mais defeito do que feitio, mas gosto de o encarar como um hábito, como o de quem não sai de casa sem o relógio ou o telemóvel…

Snob ou não, nos últimos dias têm andado comigo outro tipo de snobsos de Thackeray.

Esta colectânea de ensaios de Thackeray é inevitavelmente datada, espelhando em tom satírico a sociedade sua contemporânea, com todas as hipocrisias e caricaturas sociais, virtudes ocas e méritos de fachada. No entanto, alguns destes snobs não deixam de ser actuais, não pelas vestes e pelos contextos, mas sim pelas atitudes e pelos princípios subjacentes aos mesmos. Podemos lê-los à luz do séc. XIX, ou podemos fazer o exercício de as imaginar como metáforas dos nossos dias… E um toque de sátira sabe sempre tão bem…


Sempre admirei (...) essa exibição de graduação hierárquica que a última criaturinha aqui mencionada (que ainda há pouco levara uns bons açoites por escrever com muitos erros) vá comandar grandes guerreiros de barbas brancas (...); graças ao dinheiro que tem passa à frente de homens com mil vezes mais experiência e mérito do que ele (...) e acabará por receber todas as honrarias da profissão enquanto o soldado veterano que comanda não tem, pela sua bravura, outra recompensa que não seja uma cama de hospital (...)

"Sobre alguns snobs militares" 
O Livro dos Snobs

27 de julho de 2012

Macacos e galhos


No final de cada um destes últimos dias,
o pensamento mais recorrente na minha cabeça tem sido…
mas se os mecânicos não se metem em assuntos de literatura, porque é que uma menina de literatura se há-de meter em assuntos mecânicos?!

26 de junho de 2012

Confirmar clichés


Sim,
eles não reparam quando vamos ao cabeleireiro...

Sim,
nós importamo-nos com isso...

22 de junho de 2012

Coisas que dariam jeito...


... para atirar à cabeça de alguém... Porque a simples leitura era capaz de não ser suficiente...

30 de maio de 2012

Pensamento do dia

All women become like their mothers.
That's their tragedy.
Oscar Wilde


Curioso como determinadas mudanças nos levam a mudar para ser aquilo que jurámos nunca vir a ser. Inconscientemente, quero crer. Até ver, todas as futuras mamãs que diziam que não viriam a assumir um discurso excessivamente "maternal" não conseguiram cumprir com a sua palavra...



9 de maio de 2012

E ainda sobre a Feira...

O Alfaiate Lisboeta é bem mais pequeno do que parece nas fotos!

A Feira do Livro

Passar pela Feira do Livro de Lisboa é um ritual que remonta aos tempos da faculdade e ao qual não costumo faltar. Este ano não foi excepção. Excepcional, sim, foi a companhia: em quatro pessoas, a Feira foi uma estreia para duas delas e para a outra foi apenas a segunda vez.

Comecei a ir à Feira na faculdade, há cerca de 10 anos atrás (bolas, 10 anos já?!!!) e, antes disso, achava que "toda a gente" por lá passava menos eu. Curiosamente, vou percebendo que não é bem assim. (Ele às vezes pergunta-me o que quero dizer com este "toda a gente", que tanto gosto de usar, e eu raramente tenho resposta para lhe dar e, pior, quando a tenho, percebo frequentemente que a expressão é overrated* e que o meu "toda a gente" mais não é do que duas ou três pessoas com quem tenho em comum o assunto de que estou a falar.) Mas adiante. Pois que, afinal, vou percebendo que o passeio pela Feira não é coisa assim tão habitual ou natural para "toda a gente".

Ele pergunta-me: mas e qual é a diferença entre vir aqui ou a uma FNAC?
Quero indignar-me com a pergunta, responder um seco "Tu não entendes! É o espírito, claro!", mas depois olho em frente e vejo o átrio do grupo Leya. Estendo o olhar até ao outro lado do relvado e vejo os rostos dos vários escritores que se enfileiram nas paredes do grupo Porto Editora. A confusão, a actividade, o foco das atenções incide sobre estes dois espaços sobretudo, relegando o restante para segundo plano. Percebo que não lhe posso dar a resposta indignada que ensaiava cá dentro porque, no fundo, ele tem razão em parte. A Feira é um espaço desequilibrado, em que dois pesos pesam demasiado para um dos lados: o capitalista. E quanto a mim, mea culpa, que o único livro que comprei foi precisamente num destes grupos.

Mas a Feira que atraía os românticos das Letras não era bem essa.
Era a Feira dos alfarrabistas ao fundo do lado da Sidónio Pais e que ainda lá estão. (Sempre ocuparam este espaço?)
Era a Feira das barraquinhas pequenas em que grandes e pequenos editores não se distinguiam pela área que ocupavam, em que todas as editoras tinham espaço e visibilidade iguais.
Era a Feira em que as pessoas circulavam de um modo mais fluido, sem ficarem "presas" a espaços específicos.
Era a Feira em que dizia "trouxe da Teorema a trilogia do Calvino" ou "encontrei na Cotovia um livro com ensaios do Wilde"...
Este ano, comprei apenas um livro e, já de saída, disse "Ainda não passámos na Bertrand, que estranho..." ao que logo me apontaram para o saco trazia na mão... da Bertrand, precisamente...




*Esta palavra não me sai da cabeça
 e a culpa é vossa, R. e G.!!!  

3 de abril de 2012

A Educação Musical de Anna XXIV

Podemos passar meses sem ouvir nada que nos cative verdadeiramente... ou podemos de repente cruzar-nos com um sem-número de músicas doces que nos ficam no ouvido... músicas assim:


To be with you... sim, esses são os melhores momentos...

[The Honey Trees ~ To be with you]

2 de abril de 2012

Lost in translation IV

Tantas vezes que já me detive a matutar numa tradução possível para globetrotter e nunca cheguei a qualquer solução válida... 
O mesmo não dizem os senhores da Condor*...


(Desde que me disseram um dia que a tradução portuguesa para feedback era retroalimentação que me havia decidido a não pôr estrangeirismos em questão... Diria que é saudável cingir-me a essa decisão...)


*na edição da Volta ao Mundo 
de Março de 2012

30 de março de 2012

Trabalhos do demo


Penso nestes trabalhos e procuro a máxima que mais se lhes adequará… Não sei se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, se o primeiro estranha-se, depois entranha-se… Talvez nenhum dos dois, mas a ideia aproxima-se...

A verdade é que continuam a ser trabalhos estranhos que, entre limitações de caracteres e adaptações de traduções automáticas e frases completamente herméticas*, têm uma componente de "tradução-tradução" muito pequena já. E, no entanto, não sei se por uma atitude inconsciente de resignação, se por algum pico de paciência e boa vontade (?!), começo a não me importar muito com eles quando me caem no colo.

Se é repetitivo e mecânico? Oh, se é! Mas o mesmo dirá a cozinheira da cantina quando passa a manhã a descascar 20 kgs de batatas, a manicure que lima e pinta dúzias de unhas por dia, a analista que recolhe um sem-número de amostras de sangue, a professora que corrige três turmas de testes com a mesma grelha de perguntas e respostas. Mas alguém tem de o fazer, mesmo que seja uma chatice tremenda.

Talvez seja essa constatação que me faça olhar para estas listas de strings que me chegam às mãos, sem contexto sequer por vezes, e pensar: Então vamos lá tratar disto!, sem fazer birras...  (Quase nunca sem as birras, vá, que uma pessoa não é de ferro e a tradução não-técnica é como um vício que, na sua falta, provoca sintomas de ressaca.)

Não deixam de ser trabalhos do demo mas, lá está, alguém tem de os fazer…


*strings de software, o que mais?...

23 de março de 2012

Detesto...


... gente mesquinha que se contenta com o medíocre, não se dando ao trabalho de aspirar a melhorar.
... gente calona que não se esforça minimamente para aprender com quem está disposto a ensinar.

... gente egoísta que só se preocupa com o próprio umbigo e não sabe o que é colaborar numa equipa.
... gente baixa que comete erros e age como se não fosse nada, não sendo sequer capaz de abrir a boca para pedir desculpa.

... ter de coexistir diariamente com gente assim...

24 de fevereiro de 2012

Just wandering...

Navegando pelos blogs com posts sobre o estilo dos visitantes (ou participantes, não sei bem) das fashion weeks que têm ocorrido um pouco por todo o mundo desde o início do ano, dou por mim a pensar que "ser fashion" às vezes parece ser sinónimo de pegar aleatoriamente em diversas peças que se tenham no roupeiro e vesti-las…
Mas eu não percebo nada de moda, portanto, nevermind me
 

22 de fevereiro de 2012

Mas que raio?!!

Uma pessoa vai tomar o pequeno almoço numa soalheira manhã de sábado algures por S. João do Estoril e depara-se com a intrigante vestimenta de... uma árvore...

Já encontrei pela blogosfera outros igualmente intrigados com o mesmo fenómeno mas ainda não encontrei explicação para o mesmo...

Entretanto, uma pessoa anda distraidamente a passear pelos canais de Amesterdão e...


Mas que raio é que me anda a escapar?!!!
Porque é que andam a fazer fatinhos de lã para árvores e corrimões?!!



15 de fevereiro de 2012

Pensamento do dia

Ou antes, constatação do dia... No dia de S. Valentim, complicado complicado é mesmo arranjar um sítio sossegado e pouco "valentinesco" para celebrar uma ocasião de longe mais importante...

6 de fevereiro de 2012

Ciclos

Por vezes sentimos um inexplicável apelo por regressar a certos locais... Apetece-me regressar... Não sei por quanto tempo. Não sei com que regularidade. Mas apetece-me...