Penso nestes trabalhos e procuro a máxima que mais se lhes
adequará… Não sei se água mole em pedra dura tanto bate até que fura,
se o primeiro estranha-se, depois entranha-se… Talvez nenhum dos dois, mas a ideia aproxima-se...
A verdade é que continuam a ser trabalhos estranhos que,
entre limitações de caracteres e adaptações de traduções automáticas e frases
completamente herméticas*, têm uma componente
de "tradução-tradução" muito pequena já. E, no entanto, não sei se por
uma atitude inconsciente de resignação, se por algum pico de paciência e
boa vontade (?!), começo a não me importar muito com eles quando me caem no colo.
Se é repetitivo e mecânico? Oh, se é! Mas o mesmo dirá a
cozinheira da cantina quando passa a manhã a descascar 20 kgs de batatas, a manicure
que lima e pinta dúzias de unhas por dia, a analista que recolhe um sem-número
de amostras de sangue, a professora que corrige três turmas de testes com a
mesma grelha de perguntas e respostas. Mas alguém tem de o fazer, mesmo que
seja uma chatice tremenda.
Talvez seja essa constatação que me faça olhar para estas
listas de strings que me chegam às mãos, sem contexto sequer por vezes, e pensar:
Então vamos lá tratar disto!, sem fazer birras... (Quase nunca sem as birras, vá, que
uma pessoa não é de ferro e a tradução não-técnica é como um vício que, na sua
falta, provoca sintomas de ressaca.)
Não deixam de ser trabalhos do demo mas, lá está, alguém tem
de os fazer…
*strings de software, o que mais?...
linguagem de programação? blhac! :D
ResponderEliminarMais ou menos isso, eventualmente um pouco menos hermético. Textos de menus e afins... ;)
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