Suponho que seja inconsciente, mas diria que todos assumimos o cliché de achar que nunca nos acontece a nós nem aos nossos…
Eu assumo-o com toda a honestidade e por isso mesmo tenho uma dificuldade imensa de assimilação quando o cliché é descaradamente desmentido pela realidade…
Ela é a mais dura de todas as irmãs, a mais resistente, a que menos verga perante questões emocionais. Talvez por isso mesmo nunca tenha havido uma grande proximidade entre nós.
E foi a ela que aconteceu. Está a acontecer.
E eu nem consigo acreditar, quanto mais assumir.
O espírito é desdramatizar, acreditar que vai correr tudo bem… é assim que a família tem agido, pelo menos à luz do dia, porque dentro de nós a inquietação aumenta a cada minuto, a cada novo tratamento…
Não a tenho visto. Tudo normal, se tudo estivesse normal. Vemo-nos pouco, e isso não é de estranhar, pela distância. Mas não está tudo normal…
Ela diz que está bem, que está a reagir bem aos tratamentos e que se sente apenas um bocadinho entediada por estar de baixa. Não seria de esperar outra atitude da parte dela...
Mas como lidar com este medo, com o impasse de ver como evoluem as coisas, de saber que, mesmo que acabe tudo bem (e vai acabar tudo bem!), que ela vai ter de passar por tudo, por todos os efeitos colaterais, por todo o processo?...
Estou assustada, admito…
Anna
ResponderEliminarPensamneto positivo, por vezes é mesmo a única coisa que se possa fazer.
Forças para toda a familia.
Cadês
Almofariza
É assustador sim, espero sinceramente que tudo corra pelo melhor. Nestes momentos não há palavras de conforto, bjs
ResponderEliminarGostava de saber aquietar-te os medos, de suavizar o sofrimento de quem passa por situações familiares que dão um nó na garganta e um aperto no peito. Mas apenas posso enviar-te um sorriso como quem dá um abraço que conforta mais do que as palavras. Beijo
ResponderEliminarAlmofariza:
ResponderEliminarSim, pensamento positivo é o que temos tentado assumir! E convicção de que vai correr tudo bem!
Poetic GIRL:
É verdade, não há muito que se possa dizer...
Anuska:
Às vezes palavras assim já servem de algum conforto!
Obrigada às três por passarem por cá e pela força!
Beijinho*