Sobre as memórias:
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Raskolnikov, protagonista foragido de Crime e Castigo e refugiado algures em Fahrenheit 451, em busca de paz e de libertação da sua culpa, fala assim para Elias Bonfim, também ele foragido da realidade, perdido algures num dos livros da estante do sótão da avó...
Pergunto-me quantos mais romances de autores portugueses andarão por aí sem que uma editora lhes dê a oportunidade de serem publicados e promovidos...
Li algures que o argumento - pelo menos um dos seus planos - peca por alguma brusquidão... Contudo, não foi isso que ficou na minha impressão: agradou-me e muito o predomínio declarado do intertexto (estratégia pela qual nutro um enorme carinho), do invocar de livros, autores, personagens, de os reunir e de os dinamizar. Agradou-me a viagem literária, por estes "universos paralelos" "encostados uns aos outros numa prateleira". Sim, aqui a expressão entrar no livro passa a ser literal.
Lê-se de um fôlego (mas sem ter de suster a respiração!) com um sorriso no rosto. E fecha-se os olhos e sonha-se com os mundos dos livros por onde Elias se passeia...
Muito obrigado, Anna!
ResponderEliminarÉ sempre muito bom ler coisas destas.
Bj,
Afonso
De nada!
ResponderEliminarFoi realmente um prazer ler este livro, tal como o é ver passar por cá o seu autor!
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