20 de novembro de 2009

Ao amanhecer...

Os meus olhos abrem naturalmente, como se a noite me tivesse sussurado ao ouvido que não me queria mais inconsciente.
Não. A noite não.
A madrugada. Reina o seu silêncio ainda.
Por entre a rede densa da janela, gotas da luz ainda ténue e tímida do amanhecer salpicam o cortinado.
Sinto-me aconchegada e aninhada.
"Adormeci outra vez enrolada no roupão", penso.
As noites já não são clementes para com os ousados e fustigam-nos agora com um frio cortante.
Sinto-me feliz e acarinhada.
Que doce amanhecer!
Viro-me lentamente e é então que te vejo. És tu, afinal, quem me aconchegou dessa forma tão doce e me protegeu do frio e da solidão.
És tu que estás aqui comigo!
O roupão? Desse não preciso. Ficou na cadeira. Foste tu que o puseste lá, afinal. Eras tu quem havia de me afagar desta vez, não ele!
Sorrio.
Que forma perfeita de despertar, com a tua respiração suave contra a minha nuca e o bater do teu coração em sintonia com o meu!
Beijo-te ao de leve no rosto e digo bom dia bem baixinho.
Os teus lábios traçam um sorriso, depois as tuas pálpebreas levantam o cerco do sono e o teu olhar doce beija-me também.
Não são precisas palavras...

Enrolas-me novamente no teu regaço e prendes-me, como que dizendo para voltar a dormir...
Fecho os olhos e penso... Ainda não amanheceu, talvez feche os olhos e continue a sonhar contigo...


1 comentário:

  1. È bom quando temos sonhos bons e somos felizes no acordar.
    É o início de um dia feliz.
    *

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