~~~
Finalmente empenhada em avançar no último trabalho desta interminável pós-graduação, aqui estou eu, na esplanada do Sunrise, entre pensamentos a pairar, palavras a fluir sem compasso no papel e goles de sumo de laranja.
Comigo, papéis (alguns deles a esvoaçar), o PC e o livro escolhido para analisar, promover - whatever - Educar sem Gritar (bem interessante, por sinal).
Levanto o olhar e lá está ele, uns enormes olhos azuis, à altura do braço da cadeira, a observar-me atentos e interessados.
Sorrio.
Recebo um sorriso de volta. (É essa a sua linguagem, ainda.)
Atrás, o pai.
«Diz olá à menina, Tomás! E diz-lhe também que esta pode ser a oportunidade para pôr em prática o que está a estudar.»
Demoro um instante a assimilar a analogia - Educar sem Gritar...
Achei delicioso: acima de tudo, ter sido interpelada por dois amorosos olhos azuis a condizer com o horizonte ao fundo; mas também por ter encontrado o interesse e reconhecimento daquele que se pretende que seja o público-alvo interessado para o livro que, afinal, não passa mesmo incólume, pelo menos para aqueles que aspiram lidar com os seus filhos da melhor forma possível.
Sem comentários:
Enviar um comentário