24 de julho de 2010

Palavras inconscientes I

(a balançar à solta pelo silêncio)

Tenho vontade de odiar-te, tempo!
Quem não pode quer com toda a alma.
Quem pode nem se dá ao trabalho.
Em quanto tempo se criam afinal as afinidades?...
E como se perdem elas?

Só... bolas que eco estranho...
Mas de Kant porquê?...
E onde é afinal casa?
Estrela cadente que se atravessa à minha frente.
Depressa, grita o teu desejo!
E a lua aparece à esquerda por cima da serra.
Ela sabe, ela está a ver.
Sorrio.
Rio.
Choro.
Choro com um sorriso...

Preciso de dormir... 
Preciso de colo...

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