Numa noite de Abril, então, uma nuvem pequena mas determinada deslizou para cá e para lá, solicitamente trazendo e levando, penduradas e presas com doçura nas suas cordas de água, mensagens, sorrisos, palavras, silêncios…
E enquanto de um dos lados todas essas entregas permaneceram em eco até muito depois de dispensada a prestável nuvenzinha, essa cúmplice fiel regressou, pé ante pé, até ao outro lado e ali ficou, à janela, ainda durante um bom tempo, acariciando a persiana com os seus dedos suaves, repetindo sons e tons, espelhando o melhor que soube o eco das palavras do outro lado…
Porque me apeteceu dar vida
a essa companheira de ambos
neste fim de noite.
E porque ela foi
a mais sortuda de nós os três.
Eu também gosto muito de nuvens. Acho as formas delas deliciosas principalmente quando está um dia azul e solarengo:)
ResponderEliminarbj*
Uma nuvem? Curioso que algo meio indefinido possa transportar tantas sensações que nos preenchem por inteiro...
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