Pela boa reacção dum amigo a este filme, fiquei curiosa e acrescentei-o à minha lista, muito embora tenha ficado meio esquecido entretanto... Vi-o ontem e fiquei... embevecida...
Separados (ou unidos) por um balcão, Jeremy e Liz conhecem-se inadvertidamente, por conta da ruína emocional dela e do posicionamento estratégico do café dele...
Sem perceber como nem porquê, no meio da desorientação, ele tornou-se o seu porto de abrigo, o ponto de regresso, a confiança e o apoio... um desconhecido, imparcial, que a ouve, a compreende, e lhe adoça o azedume em que se tornou a sua vida com aquelas esplêndidas tartes de mirtilo, cuja qualidade parece esquecida ou desvalorizada por toda a gente...
E mesmo quando parte em busca de si mesma, sem destino ou objectivo, ele não deixa de ser esse ponto de abrigo, fazendo dele o seu silencioso confidente, sem esperar resposta....
Ele, do outro lado do balcão, quieto, acabou por tomá-la como parte da sua vida... O típico barman que ouve quem se senta do outro lado, mas que desta vez acaba por se envolver também...
Curiosamente, um dos mais famosos clichés da história do cinema acaba por assumir aqui o papel do motivo essencial do desenrolar dos enredos de toda a história - o balcão do bar e o barman - o refúgio, o ponto de apoio, o confidente anónimo que se torna o único amigo....
Não será provavelmente um blockbuster, mas pela suavidade da história, pelo toque de realismo, pela excelente escolha de actores (seria possível encontrar rostos mais doces e perfeitos para os protagonistas que os de Jude Law e Norah Jones?!) e pela banda sonora, entrou definitivamente para os meus favoritos!
Tenho de ver...sem dúvida!
ResponderEliminarQuem é que tem bom gosto quem é?! Se n fosse aquela conversinha quase de madrugada no msn, o filme ainda estaria na prateleira :p
ResponderEliminarVais gostar, Sakura!
ResponderEliminarVerdade, caro Dexter! Temos que ter mais conversas destas! São sempre produtivas! Venham as sugestões!