Para a maioria, isto soará provavelmente a coisa de nerds da
literatura mas, bem vistas as coisas, eu não deixo de ser um deles (e não me
importo mesmo nada com isso!).
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Estas férias deram para colmatar uma dessas lacunas. Peguei
no meu primeiro volume da colecção da Agatha Christie. A propósito, sou eu a
única que visualiza sempre a senhora do Crime disse ela quando
pensa em Agatha Christie? E que, para além disso, nunca se lembra que o
protagonista mais conhecido dos seus policiais é Hercule Poirot?
Acabaram por ser uma espécie de dias temáticos os últimos
das férias já que, lendo o Crime no Expresso do Oriente, dou por mim a levar o
meu sobrinho ao seu primeiro passeio de comboio, seguido de uma tarde de
brincadeiras com o comboio que lhe tinha oferecido no ano passado, seguido
ainda de uma viagem de intercidades Lisboa-Porto.
Finalmente sei do que se fala quando se fala em Agatha
Christie. Neste livro, pelo menos, encontrei uma intriga bem construída, que
por vezes me pareceu algo previsível, sensação essa desmentida depois pelo
desfecho. A escrita é simples e clara, o que permite uma leitura fluida sem
quebras monótonas e que deixa o desejo de mais. Confesso que ponderei pegar
noutro dos seus policiais, já que tenho na estante mais uma boa dúzia à espera,
mas acabei por me decidir por intercalar algo diferente, até porque já percebi mais
do que uma vez que "maratonas de autor" não são, definitivamente, coisa para mim.
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