23 de fevereiro de 2009

Case study I

Data: 21 Fevereiro 2009
Local: Lx, The Loft

Relatório:
De facto, a noite de Lisboa tem muito que se lhe diga - se é bom ou mau o que se tem para dizer, bom… isto já é outro assunto…
A parte boa da noite é que, por norma, estamos com amigos e, como tal, não importa muito o ambiente, porque estamos em boa companhia e o resto não tem grande relevância.
Em todo o caso, se estivermos um bocadito despertos para o que vai acontecendo à nossa volta, temos pano para mangas.
Entro numa discoteca já depois da 1 da manhã e deparo-me com uma casa cheia de crianças! Espera lá! 1 da manhã, plena Lisboa: os piquenos não deviam era estar a dormir?!
A média de idades naquela casa devia rondar os 16/17 anos! Como é que é possível?! Estes miúdos deviam estar em casa!! Não digo que não saiam! Nada disso! Mas não me parece que tenham idade para estar nestes locais! E pior, não me parece que tenham noção disso!
Pronto, já que lá estão, é deixá-los estar e divertir-se! Mas aqui coloca-se outra questão: a noção destes piquenos de divertimento passa por tabaco, álcool, muito álcool… E depois, para as meninas é competir para ver quem vai mais despida! Para ver quem tem os saltos mais altos - coitadas, algumas delas parecem patas, mal conseguem andar, só fazem é escorregar… o que, convenhamos, lhes estraga um bocado o estilo! Para os meninos, a ideia é também primar pelo estilo, mas coitaditos, desajeitados, a dançar parecem robots em curto-circuito, e desesperadinhos para se agarrarem a uma das piquenas supra-mencionadas e enrolarem-se com elas (por favor, ao menos que não seja em cima do meu casaco!! ) e apalparem-nas em locais que eles supõem ser os certos! Hmmmm!
E pronto, são adolescentes e tal! É coisa da idade… Whatever!
Mas depois vem outro problemita… Os trintões/quarentões que aparecem e se deixam estar a observar as ditas piquenas… Epah, a mim isso soa-me a rapinismo pedófilo! E preocupa-me!
A noite avança e a média de idades sobe ligeiramente! Menos mal! Ou então não! Bom, há pessoas interessantes, no meio disto tudo, obviamente! Nem tudo é mau! Mas depois começam a aparecer "senhoras" que parecem ter deixado há uns minutos o seu modesto emprego na casa de alterne a vão agora ali desanuviar! Donde é que esta gente sai?!!! Já para não falar dos "senhores" que as acompanham, que muito provavelmente serão os seus patrões…
Estarei a ser demasiado radical?! Opah, não sei! A verdade é que há sempre locais com melhor e mais interessante ambiente do que outros! A verdade é que muito provavelmente apanhei uma noite menos boa! Mas deixa-me preocupada ver que é este o ambiente da noite e que é neste ambiente que circulam pessoas inocentes, que não sabem como se defender e que não têm a mínima noção disso…

17 de fevereiro de 2009

Pera rocha

Depois de um dia para esquecer, dei comigo no supermercado, em frente à bancada da fruta, a sorrir a olhar para a secção da pera rocha...

A maioria pensará que estupidifiquei de vez...
Alguém especial, no entanto, perceberá que esse é mais um flashback doce de um tempo fantástico com uma pessoa fantástica...

Uma mesa reservada. Em vez do nome, um cartãozinho com uma pera desenhada à mão. Cheio de significado. Um espaço interessante. Um ambiente elegante. Uma companhia encantadora. Uma noite maravilhosa.

Uma recordação só minha. Um pequeno tesouro.

Uma flor entre pedras



Como é que um ser tão frágil e belo pode nascer entre pedras?!
E, mesmo aceitando esse absoluto contra-senso da Natureza, como é ela capaz de sobreviver nesse meio?!...

15 de fevereiro de 2009

Coisas que me irritam

Subscrevendo a rubrica do meu caro amigo Dexter, é agora a minha vez de soltar o meu pequeno grito de raiva pelas coisas que me fazem e me tiram do sério!

Desta vez, é mais as coisas que não fazem! Não há nada que me dane mais do que ficar sem resposta a uma mensagem! Já não digo digo as mensagens que não implicam uma resposta directa - essas não pressupõem obviamente retribuição e também não me posso chatear por isso.
Chateia-me, isso sim, quando envio uma mensagem com perguntas directas (para quem não tem paciência para conceitos sintácticos, são aquelas que terminam com um evidente "?") às quais não obtenho qualquer tipo de resposta, nem a seguir, nem no dia seguinte, nem três meses depois!!!!!
Porque ninguém é perfeito, também eu me esqueço por vezes de responder de imediato, mas tenho o cuidado de responder logo que tenho oportunidade, lembrando-me de me desculpar pelo atraso da resposta.

Para mim, deixar alguém sem resposta é dizer-lhe eufemisticamente que se está pouco lixando para essa pessoa, que essas mensagens são meros zumbidos insignificantes nos seus ouvidos que incomodam no momento, mas que se esquecem logo de seguida!

E pior do que ficar sem resposta é enviarmos uma mensagem a alguém (porque não o podemos dizer pessoalmente e é inconveniente ligar) com algo cheio de sentimento e significado para ambas as partes (teoricamente, pelo menos), e de retribuição recebemos NADA, ABSOLUTAMENTE NADA! É nesse momento que abrimos os olhos e percebemos como somos insignificantes - os tais zumbidos que incomodam no momento e se esquecem logo que passam...

9 de fevereiro de 2009

E se tivesse ido pelo outro caminho?

É neste momento, na recta final do fecho de um ciclo, que olho para trás e penso como o inocente enveredar por um caminho em vez de outro pode alterar completamente o rumo da nossa vida.

O que seria de mim hoje se a Isis não me tivesse escolhido para ficar no Campo Grande e eu tivesse ido parar a Alverca?
Será que estaria onde estou hoje?
Será que teria conhecido o mundo da tradução, a Tetraepik, a LS agora...?
Será que teria sequer passado de recepcionista para o que quer que fosse?
Será que teria feito tantos e tão bons amigos?
Será que teria tido todas estas experiências, de alegria, felicidade, tristeza e sofrimento?...
Ter-me-ia sequer cruzado com o André? A Mara? O Carlos? O Miguel? A Raquel? E tantos outros...
Que tipo de pessoa seria eu neste momento?

Pois, queixo-me sempre do que deixei para trás e do que tive que abdicar e nome deste caminho que tomei... mas não sei se teria gostado mais da pessoa que me teria tornado, se o livro da minha vida não tivesse sido iluminado por todas estas pessoas, estas experiências, por tudo isto...

8 de fevereiro de 2009

O prazer de um spa

Quem diria que afinal é mesmo verdade que uma massagem tem efeitos fabulosos em mim!!

Passamos os dias tão embrenhados no andamento da vida real que por vezes somos levados a acreditar que qualquer coisa que nos seja apresentado como algo de bom e relaxante só pode ser mito...

Excelente ideia a da nossa noiva de nos levar a conhecer o espaço e o conceito!



Quanto tempo passou?
Não sei... O relógio, como acessório mundano, ficou para trás...
O que fizeram?
Não interessa... O prazer e o relaxamento que se sente ofusca qualquer explicação racional, tipo nome da técnica, tipo de óleo, etc...
Como te sentes?
Como se o peso do mundo tivesse ficado lá fora, longe... Como se alguém te ordenasse finalmente para não pensares e simplesmente sentires...
Qual o efeito?
Verdadeiramente relaxante! Só por si, uma vitória...
Pena que não haja massagens relaxantes para a mente... O corpo saiu revitalizado, mas a mente continua pesada...

Just a few words on making mistakes...

Sometimes, when you've been through something in your life that left you shattered, you seem eager to believe that anything that may come up after it will surely be better and somehow heal your wounds.

And sometimes it does happen - or at least that what you chose to believe...
But then, there are some times in which it is precisely that eagerness to believe in something better that blurs your perception and prevents you from seeing that you're making the exact same mistake as before... that the path you're on will lead you exactly into the same place as before...

May your perception not be blurred by your eagerness to believe...

3 de fevereiro de 2009

Descobrir (finalmente) Garcia Márquez



O meu mais recente alimento para o espírito. Até agora, o balanço é positivo!
A qualidade de um livro não se mede obviamente pelo peso do nome ou da fama do seu autor... mas considero uma lacuna grave que não se conheça minimamente a obra daqueles que são publicamente considerados ícones da literatura universal...

Esta é apenas uma das muitas lacunas nesse campo que procuro preencher, e que tinha prometido a mim mesma há uns bons meses já... O resultado até agora não me está a desfalcar as expectativas!!