22 de novembro de 2008

Zafón

"Na altura em que a razão é capaz de compreender o sucedido,
as feridas do coração já são demasiado profundas."

Carlos Ruiz Zafón,
o senhor que conseguiu finalmente salvar-me da letargia da leitura!

16 de novembro de 2008

Hurting again

Sometimes I wish I would hit my head somewhere and get some kind of parcial amnesia so that I could forget about your existence...

It feels good to hear from you, to be in touch with you, but sometimes it hurts so badly the thought of you not caring about me at all!!

It would feel so good to think that I left some kind of track of me in you. It would feel so good to feel that you nurture some tenderness when you think of me...

I love you so much and I hate you so much!!

Why couldn't we be together?!
Why couldn't we make the most of our time?!
Why did you leave me all alone??!
Why did you leave me with all these feelings to be given?!
Why did you enter my life like this?!
And why did you walk out of my life like you did?!...

Um pastel de nata - Prazer vs. Perfeição

À conversa com um amigo num destes dias, e a propósito de uns pastéis de nata divinais que levei para a "equipa maravilha", demos por nós como que a "maldizer" o prazer irresistível comer um destes deliciosos manjares e o crime calórico que desfrutar desses prazeres acaba por ser, comprometendo a nossa linha!



A questão que coloco é: devemos nós abdicar daquilo que nos dá prazer em nome da nossa perfeição exterior? Pois eu diria que não!! Tirar partido das coisas que nos dão prazer faz de nós seres mais felizes e a nossa perfeição enquanto seres humanos passa tanto ou mais por aí do que por um maravilhoso corpo escultural! Porque a nossa perfeição - se é que ela existe de facto - está na nossa essência e nem tanto na aparência!

Pois bem, meu caro, o que te digo é que tires partido dessas pequenas coisas que te dão prazer, sem culpas nem restrições! Por dois ou três quilos a mais não deixas de ser a pessoa interessante e cativante que és!
Come todos os pastéis de nata que te apetecer! E se encontrares a tal bela pasteleira, casa-te com ela e desfruta então desse duplo prazer!! ;)

8 de novembro de 2008

A Good Year

"Once you find something good, Max, you have to take care of it, you have to let it grow!"


Muito à semelhança dos livros, também os filmes funcionam para muitos como uma fuga à realidade, uma forma de imaginar a realidade como gostariamos que ela fosse...

Por vezes, o que acontece é que acabamos por metaforizar alguém ou alguma coisa nesses filmes e, intimamente, desejar que as coisas assim fossem na vida real, que o herói real, tal como o herói da história, possa ter um momento de catarse e com ele "acorde para a vida" e para o que está a deixar passar...

Filme doce e encantador!

Revejo neste Max Skinner alguém muito importante para mim. E espero sinceramente que também ele venha a acordar eventualmente do seu transe mercenário e venha a despertar verdadeiramente para os prazeres puros que fazem da vida um lugar mais bonito!

Sobre o filme, duas ou três palavras: pacífico e bem desenvolvido! Se para muitos parece ser mais um filme lamechas e pejado de clichés, bom, para mim, é uma história de crescimento pessoal, quase uma parábola. E claro, uma doce história de amor - não apenas amor entre duas pessoas, mas amor por um passado, por recordações vitais, por lugares que fizeram de nós quem somos, que nos fazem relembrar que a vida é um lugar bonito!
Cinco estrelas em especial para a fotografia - se a Provença já é um cenário idílico no imaginário de muitos, aqui fica a confirmação!

6 de novembro de 2008

Suspiro

Esta manhã, logo ao acordar, ocorreu-me que já há um bom tempo que não solto um suspiro sincero e sentido de prazer...

Nesse momento, tomei também consciência do quanto isso me faz falta...

3 de novembro de 2008

Mamma mia!



À partida, seria de pensar: mais um blockbuster que vai vender por conta dos nomes que inclui e do intertexto que levou à sua criação... Sem excluir ou desmentir estes pontos, confesso que o filme foi uma surpresa agradabilíssima para mim!!!

Convidada para ver o filme pela pessoa mais improvável, pela última pessoa no mundo que eu imaginaria ouvir cantarolar músicas dos Abba, foi simplesmente à procura de entretenimento, de desanuviar, mas sobretudo de passar um bocadinho com essa pessoa especial, que aceitei o convite, e mesmo assim de narizito torcido em relação ao que viria a ter pela frente...

Surpresa das surpresas!!!

Um argumento muitíssimo criativo, se pensarmos como foi possível articular músicas já existentes num mesmo enredo, criado posteriormente! Cinco estrelas para o génio de Catherine Johnson!

Meryll Streep! Mais uma vez, mostra-nos a sua genialidade e profissionalismo! É no mínimo inesperado vê-la neste registo! De toda a equipa, talvez aquela que mais aplaudo, muito embora não a única - confirma-se a qualidade de Colin Firth e salienta-se mais uma revelação, Amanda Seyfried, a pequena, determinada e de voz invejável protagonista!

Pena ter descoberto que Pierce Brosnan não esteve à altura do que se desejaria... De facto, o dom da música não não se contabiliza no conjunto dos seus... Valeu a tentativa, com certeza...

Em geral, diria que fiquei encantada! A tal ponto que fui para casa a cantarolar Abba (inacreditável, não?!)! E a tal ponto que, por momentos, a minha aura iluminou-se, apesar de tudo o resto que acontecia à volta...

Obrigada, meu caro, por me teres levado para mais uma experiência surpreendente! E obrigada por me fazeres sorrir!

2 de novembro de 2008

Water to air, you're on your feet again...


E aos poucos, a mente vai recuperando, relativizando e reagindo...

Quando alguma rajada no abala, por vezes é bem difícil voltar ao nosso caminho... esperneia-se, grita-se, mas eventualmente acaba-se por retomar a linha...

É uma boa forma de crescer, suponho... Aprende-se, é-se feliz, sentimo-nos plenos e capazes de enfrentar este mundo e o outro! Depois acordamos do sonho e infelizmente, parece-nos tudo ainda mais negro do que era antes...

A vontade de mudar, de esquecer, de seguir em frente, muitas vezes não chega... Até que a dada altura, sentimo-nos renascer, emergir novamente das águas negras e gélidas... Lentamente, tentamos reagir... e não é que eventualmente conseguimos?!!!

Tanto melhor...

A mente e o coração registou tudo, o bom e o menos bom. Criou mais um compartimento com todas essas preciosidades inesquecíveis. E guarda-as precisamente como tesouros que são... tango, a lua cheia, um beijo cheio de força perdido no meio da rua... noites brilhantes e memoráveis... um refúgio pincelado de negro e vermelho, escuro mas cheio de luz, luz que brota de corpos apaixonados... lágrimas e sorrisos...

Nesse compartimento, ficam em branco os espaços para os momentos que não se viveram... e a esperança de poder um dia vir a enchê-los de mais momentos memoráveis...